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Os aviões furtivos B-2 e as bombas usados no Irão

Os aviões furtivos B-2 e as bombas usados no Irão

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Com pouco margem para a diplomacia, tornara-se expectável já há alguns dias o ataque que os Estados Unidos acabaram por levar a cabo na madrugada deste domingo contra três complexos nucleares do Irão — os de Fordow, Isfahan e Natanz. As forças norte-americanas empenharam na missão vários bombardeiros estratégicos B-2 (conhecidos como aviões invisíveis), que largaram sobre os alvos bombas GBU-57, as únicas capazes de destruir bunkers e instalações fortificadas a elevada profundidade.

Os bombardeiros B-2 Spirit são aviões furtivos de longo alcance, capazes de percorrer grandes distâncias (cerca de 10 mil quilómetros) sem serem detetados pelos radares, o que justifica o epíteto de ‘aviões invisíveis’. Com o apoio dos aviões de reabastecimento em voo, os KC-135, podem manter-se em ação de forma ininterrupta e de atingir alvos em qualquer parte do mundo. “É realmente único, completamente diferente de qualquer outro avião já projetado”, disse a especialista militar Rebecca Grant à CNN.

Os B-2 são dos aviões mais avançados do arsenal militar dos EUA e dos mais caros: cada unidade tem um custo de cerca de dois mil milhões de dólares (cerca de 1,7 mil milhões de euros), segundo a CNN. Atualmente, os EUA têm 20 exemplares destes aviões, estacionados na Base Aérea de Whiteman, no estado do Missouri, de onde partiram vários B-2 para participarem no ataque ao Irão.

Fabricados pela Northrop Grumman Corporation, o primeiro bombardeiro B-2 Spirit foi entregue à Força Aérea norte-americana em 1993 e ainda operava em 2020. O formato destes aparelhos, em forma de V, foi pensado para iludir a ação dos radares e para evitar que seja detetado pelos potenciais inimigos. Este avião não tem uma cauda, geralmente o elemento que provoca as ondas eletromagnéticas que são detetadas pelos radares. Tem também uma superfície quase lisa, de forma a passar despercebido em missão. Com 54 metros de largura e 21 metros de comprimento, estes aviões podem transportar dois pilotos.

O poder nuclear que o Irão tem está enterrado numa montanha. E, para já, só os EUA têm uma bomba para o destruir

Os bombardeiros B-2 Spirit são geralmente usados para transportar armas nucleares mas também material bélico convencional, como as bombas “destruidoras de bunker” GBU-57, usadas também no ataque ao Irão.

Por volta das 19 horas deste sábado (menos 5 horas em Washington) foi dada a ordem para o ataque, segundo o The Telegraph. Por essa altura, já um número não determinado de bombardeiros B-2 estava no ar, alguns há 37 horas, apoiados por vários aviões de reabastecimento KC-135. Pouco depois, os bombardeiros haveriam de invadir o espaço aéreo iraniano e lançar várias bombas GBU-57 sobre três instalações nucleares no centro do Irão.

Estas bombas, transportadas por mísseis com seis metros de comprimentos guiados por GPS, foram desenhadas para destruírem alvos a elevada profundidade — especialmente bunkers e túneis, segundo informação do próprio Departamento de Defesa dos EUA. As GBU-57 são bombas com fusível retardado que se separa do míssil e detona pela segunda vez já no interior do alvo, descreve o The Telegraph. O seu invólucro de aço espesso permite que a munição permaneça intacta ao perfurar o solo, a rocha ou o betão, antes de detonar — o que permite um ataque com maior nível de precisão e eficácia.

observador

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