Velasco prevê sucesso do amigo Ancelotti. Menos contra a Argentina

Como um bom argentino Julio Velasco, técnico multicampeão no vôlei italiano, é fã de futebol. E sabe que a rivalidade na modalidade, muitas vezes, faz com que até as boas amizades sejam deixadas um pouco de lado quando a bola rola nos gramados.

E será assim durante a passagem do italiano Carlo Ancelotti pela Seleção Brasileira de futebol. Nesta quinta-feira (5/6), Velasco falou da relação com o novo comandante da equipe verde-amarela, tido como um salvador da pátria no momento ruim vivido pelo time.

Enquanto a Itália, dirigida por Velasco vencia a Alemanha, por 3 sets a 2, no Rio de Janeiro, pela Liga das Nações feminina de vôlei, Ancelotti iniciava no Equador, com um empate, sua trajetória como treinador da Seleção Brasileira de futebol pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo do próximo ano.

- Eu o conheço, somos amigos. Desejo ao Carlo sorte, mas não demais. Por motivos óbvios, digamos. Desejo-lhe o melhor. Vou chamá-lo por telefone depois, porque sei que agora tem esta partida. Eu vou dizer isso. "Carlo, muita sorte, mas não contra a Argentina - disse Velasco.

Atual campeão olímpico e da VNL com a seleção italiana, ele também fez história ao dirigir a equipe mais vencedora do vôlei italiano, no masculino, na década de 90. Conhecido ainda pelos trabalhos recentes com as categorias de base, Velasco destaca os pontos fortes de Ancelotti:

- Eu acho que ele pode ser o treinador ideal para o Brasil. Além de saber muito sobre futebol, que obviamente é a primeira coisa, pois ninguém chega a treinar no Brasil se não sabe muito sobre futebol, ele é muito bom para gerir os jogadores. Tanto no nível pessoal quanto no coletivo. É um treinador sempre tranquilo, que sabe muito sobre a psicologia dos jogadores. Ele também treinou muitos brasileiros na sua carreira. Ele conhece muito bem, fala castelhano, italiano e inglês.