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China e EUA reúnem-se com países do Sudeste Asiático

China e EUA reúnem-se com países do Sudeste Asiático

Os chefes da diplomacia da China e dos Estados Unidos, Wang Yi e Marco Rubio, reúnem-se esta quinta-feira em Kuala Lumpur com os homólogos do sudeste asiático, em plena guerra comercial iniciada por Washington.

O encontro com o ministro chinês abriu a reunião esta quinta-feira entre os chefes da diplomacia dos países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e os principais parceiros, que vai até sexta-feira.

A China, principal parceiro comercial dos países do Sudeste Asiático, procura manter a influência nesta região exportadora, ameaçada pelas tarifas anunciadas na segunda-feira pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que para alguns países do Sudeste Asiático são mais elevadas do que as fixadas em abril.

Em abril, o Presidente chinês, Xi Jinping, realizou uma digressão por vários países da região, incluindo a Malásia — país que este ano acolhe a presidência rotativa da ASEAN —, para fortalecer as relações com o Sudeste Asiático, durante a qual assinou dezenas de acordos comerciais.

Rubio, que realiza na Malásia a primeira viagem à Ásia desde que assumiu o cargo, em janeiro, manterá uma reunião com os chefes da diplomacia da ASEAN no turno da tarde, bem como com representantes de países como Japão, Coreia do Sul, Canadá e Índia.

Está previsto que o diplomata norte-americano se reúna à margem da reunião com o homólogo russo, Sergey Lavrov, segundo anunciou Washington, num momento em que os Estados Unidos se preparam para enviar mais armas para ajudar a Ucrânia a defender-se do aumento dos ataques aéreos da Rússia.

As conversações, as segundas neste ano, surgem numa altura em que os Estados Unidos têm criticado a falta de progresso nas negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

Rubio também manterá uma reunião bilateral com o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, na qual o líder asiático antecipou que irá propor negociações com Washington para reduzir as tarifas de 25% que Trump anunciou que irá aplicar a Kuala Lumpur a partir de 1 de agosto (acima dos 24% fixados em abril).

Espera-se que durante a cimeira surjam declarações sobre as tarifas dos Estados Unidos, com a maioria das economias da região, entre elas a Indonésia e a Tailânda, ainda em negociações com os EUA até ao novo prazo de 1 de agosto.

Os Estados Unidos anunciaram tarifas de 32% para a Indonésia e de 36% para a Tailândia, a mesma taxa aplicada ao Camboja. Myanmar (antiga Birmânia) e Laos receberam 40%.

Na quarta-feira, Washington anunciou aumentos de 20% para as Filipinas (em relação aos 17% anunciados anteriormente) e de 25% para o Brunei (em relação aos 24% anteriores).

Até o momento, o Vietname é o único país da região que conseguiu chegar a um acordo com Washington para reduzir as tarifas dos 46% anunciados em abril para 20%.

Outros temas importantes esperados na reunião são o conflito agravado em Myanmar após o golpe de Estado de 2021 e as tensões no mar do Sul da China, onde Pequim disputa territórios com vários países da ASEAN.

Na sexta-feira será a vez da sessão multilateral, com o Fórum do Leste Asiático e o Fórum Regional da ASEAN, onde estarão Rubio, Wang, Lavrov e a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.

observador

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