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Maersk processa Antaq para revisão de regras de megaleilão de terminal em Santos

Maersk processa Antaq para revisão de regras de megaleilão de terminal em Santos

Grupos globais do setor de navegação inicialmente impedidos de participar da licitação de um novo e importante terminal de contêineres no Porto de Santos estão recorrendo à Justiça para tentar reverter as regras do leilão previsto para este ano.

O grupo dinamarquês Maersk entrou com uma ação judicial na segunda-feira, em São Paulo, contra a agência reguladora de transportes aquaviários, a Antaq, e seu diretor-geral, segundo documento obtido pela Reuters.

A empresa pede à Justiça que “determine a correção dos defeitos procedimentais de modo a garantir a idoneidade do futuro certame” na licitação do terminal Tecon 10, conhecido como STS-10.

As regras da licitação foram definidas pela Antaq e estão atualmente sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU).

O Grupo MSC também espera uma mudança nas regras. Patricio Junior, diretor regional de investimentos da Terminal Investment Limited (TIL), empresa do grupo, disse que a TIL pode entrar com uma ação judicial caso as regras permaneçam inalteradas.

As regras do leilão impedem que Maersk, MSC e outros operadores de terminais de contêineres já atuantes em Santos participem da primeira fase da licitação para construir e operar o novo megaterminal, que deve demandar um investimento de R$5,6 bilhões.

Esse desenho pode abrir espaço para concorrentes asiáticos ou para um grupo local, como a JBS Terminais, nova unidade portuária da processadora de carnes brasileira JBS, que assumiu um terminal de contêineres em Itajaí (SC), no ano passado. A JBS não quis comentar.

A Antaq, que classifica o Tecon 10 como o maior leilão portuário da história do Brasil, afirmou que as regras visam promover a concorrência. A agência disse que ainda não foi notificada oficialmente sobre a ação e reiterou que o processo encontra-se no TCU, aguardando deliberação.

Caso nenhuma proposta válida seja recebida na primeira fase do leilão, a Antaq informou, em nota prévia, que operadores já atuantes em Santos poderão participar das rodadas seguintes, desde que se desfaçam de outros ativos no complexo portuário.

A Maersk não quis comentar a ação propriamente dita, mas defendeu um processo mais transparente para garantir a concorrência justa.

“Vetar a participação de empresas com ampla experiência internacional, responsáveis pela gestão de alguns dos portos mais eficientes do mundo, sem estudos aprofundados que respaldem essa decisão, reduz significativamente o potencial do projeto no maior porto da América Latina”, afirmou a empresa em nota.

Alguns dos principais usuários da infraestrutura do Porto de Santos também expressaram preocupação com as regras que restringem quem pode disputar o Tecon 10.

Eduardo Heron, diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), disse que o grupo defende uma “participação ampla e irrestrita”.

IstoÉ

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