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Alexandre Abreu lidera coligação do BE, Livre e PAN

Alexandre Abreu lidera coligação do BE, Livre e PAN

O economista Alexandre Abreu concorre à Câmara de Cascais nas próximas eleições autárquicas à frente de uma coligação do BE, Livre e PAN, apresentando “uma resposta política progressista, ecologista” e “democrática” à atual gestão PSD/CDS-PP.

O atual deputado municipal pelo Bloco de Esquerda, disse à agência Lusa que a “intenção é proporcionar uma resposta política progressista, ecologista, democrática à gestão autárquica do PSD/CDS-PP, que lidera os destinos de Cascais há 20 anos” e com a qual “muita gente está descontente”.

“Houve uma grande vontade de convergência da parte dos três partidos, desde os primeiros contactos tem corrido sempre tudo com um grande espírito de colaboração, de parceria. (…) Não se trata apenas de uma coligação por mera conveniência eleitoral para somar mais votos nas eleições”, adiantou Alexandre Abreu.

O professor associado do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) salientou que a coligação Futuro em Comum pretende “fazer um trabalho político conjunto” e, apesar da “identidade própria” de cada partido, desenvolver propostas “pelo menos no horizonte destes quatro anos e, quem sabe, mais para a frente”.

Admitindo que Cascais não é “o território mais favorável para a esquerda e para as forças ecologistas e progressistas”, como BE, Livre e PAN, Alexandre Abreu considerou que muita gente “está descontente” com “os desequilíbrios territoriais” e uma “política social que deixa muito a desejar”.

Mas também com “os atentados ambientais na Quinta dos Ingleses”, com a construção de empreendimentos em Carcavelos e o “alargamento do aeródromo de Tires, que tem um efeito muito pernicioso sobre a qualidade de vida de toda a população em redor”, incluindo em São Domingos de Rana, acrescentou.

Alexandre José Germano de Abreu, de 46 anos, nasceu em Lisboa e “desde os 2 anos” que vive em Cascais, é licenciado em Economia pelo ISEG, tem um mestrado em Desenvolvimento e Cooperação Internacional e doutorou-se na Faculdade de Estudos Orientais e Africanos (SOAS, na sigla em inglês), da Universidade de Londres.

Investigador e membro da direção do CEsA — Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento, é um dos coordenadores do programa de doutoramento em Estudos de Desenvolvimento da Universidade de Lisboa, membro da Comissão de Ética do ISEG e integra o comité-executivo da Associação Europeia de Institutos de Pesquisa e Formação em Desenvolvimento (EADI).

A sua trajetória profissional inclui períodos na divisão de pesquisa e análise do grupo Economist, assessoria do Governo de Timor-Leste e no secretariado da organização intergovernamental g7+ e é membro do conselho editorial da Mundo Crítico — Revista de Desenvolvimento e Cooperação.

O candidato espera que os descontentes com a atual gestão se revejam em propostas para “um concelho socialmente justo, territorialmente equilibrado e com respeito pelos valores ecológicos” e “bem-estar animal”.

“Cascais tem das casas e das rendas mais caras do país, sistematicamente o concelho, dos 308, é o concelho com as rendas e com os preços de habitação mais caros, ou em segundo lugar”, referiu, sobre os eixos programáticos principais, em que a habitação “é uma prioridade absoluta”.

Para o economista, é fundamental “uma resposta política muito mais robusta e que não passe apenas pela construção, embora esta seja também necessária, mas também pela regulação e dar prioridade à habitação a custos acessíveis”.

Outra prioridade passa pelo ordenamento do território, “com o reequilíbrio entre o interior do concelho, que está muitas vezes esquecido, e a parte litoral com o reforço da mobilidade”, suave em particular, “mas também dos transportes públicos gratuitos”, também para quem trabalha no concelho “e não apenas quem vive”.

“Incluindo também os passes da CP nesta gratuidade, mas sobretudo transportes públicos que sejam confortáveis, regulares, que cheguem a toda a parte, muito mais do que até agora”, frisou.

A apresentação formal da coligação está agendada para 20 de julho, com a presença de Inês de Sousa Real (PAN), Mariana Mortágua (BE) e Rui Tavares (Livre), e a candidatura arranca com um conjunto de conversas com, entre outros, o maestro António Victorino D’Almeida, o ativista João Paulo Batalha, o advogado Ricardo Sá Fernandes, o músico Rao Kyao, e os biólogos Fernando Catarino e Luís Cancela da Fonseca.

À Câmara de Cascais, a coligação Viva Cascais (PSD/CDS-PP) candidata o atual vice-presidente da autarquia, Nuno Piteira Lopes, o PS o deputado municipal João Ruivo, a CDU o autarca Carlos Rabaçal, a Iniciativa Liberal Manuel Simões de Almeida, e o consultor político João Maria Jonet concorre como independente.

As eleições autárquicas vão decorrer em 12 de outubro.

observador

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