"A sorte de Viseu foi o facto de o PS nunca aqui ter posto a mão fechada"

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"A sorte de Viseu foi o facto de o PS nunca aqui ter posto a mão fechada. O nosso desenvolvimento está intimamente ligado a essa situação", afirmou Fernando Ruas na sexta-feira à noite, durante a apresentação pública da sua candidatura.
Aos 76 anos, Fernando Ruas - que em 2021 regressou ao cargo que tinha ocupado entre 1989 e 2013, conquistando 46,68% dos votos (cinco mandatos) - garantiu que, depois de vencer as eleições de 12 de outubro, irá para o seu último mandato, que cumprirá até ao fim.
"É o tempo suficiente que necessito para concluir o ciclo de investimentos extremamente relevantes e irrepetíveis que sonhei para Viseu e que temos em carteira", justificou.
O autarca social-democrata não se mostrou preocupado com a possível vitória do socialista João Azevedo, atual vereador da oposição e que o vai defrontar pela segunda vez, depois de nas autárquicas de 2021 ter obtido 38,26% dos votos (quatro mandatos).
"Há muito que percebemos que aquele que se assume como nosso principal adversário vive exclusivamente de 'sound bytes' que os perfis falsos de Facebook que patrocina vão alimentando", criticou.
Segundo Fernando Ruas, no tempo do Governo PS, João Azevedo "sempre assumiu a função de 'side-car'", uma vez que "só se movimentava para promessas aos cidadãos utilizando as motas de membros do Governo que se disponibilizavam em alimentar o engodo".
"Normalmente a montanha paria um rato", sublinhou.
Fernando Ruas considerou que foi devido à "persuasão e capacidade reivindicativa" do seu executivo que se vão concretizando obras como as em curso no Itinerário Principal 3 (para que fique com quatro vias entre Coimbra e Viseu), a "decisão irreversível da construção da (nova) Barragem de Fagilde" e a resolução dos problemas de abastecimento da água em alta.
"Houve uma coisa que gostávamos de ter revertido: o gasto de algumas centenas de milhares de euros com estudos de que nada resultou", afirmou.
Fernando Ruas frisou "há mais coisas" que tem acertadas com o Governo para concluir neste fim de ciclo que "incomodam os socialistas" e deu o exemplo do tão aguardado centro de radioterapia.
A cerimónia pública contou com a presença de António Leitão Amaro, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, que garantiu que Viseu terá brevemente "obras que nunca passaram das placas", como foi o caso do centro de radioterapia.
"Se alguém tem o azar na vida de ter uma doença oncológica tem que ir para Coimbra e pode ser tratado aqui. É a nossa prioridade e estamos a fazer tudo para isso acontecer", garantiu o também ministro da Presidência.
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