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Edinho Silva vence eleição e será presidente do PT até 2029

Edinho Silva vence eleição e será presidente do PT até 2029

O ex-prefeito de Araraquara (SP) Edinho Silva foi eleito presidente nacional do PT e vai comandar a legenda até 2029. A vitória, confirmada nesta segunda-feira 7, amplia o domínio da corrente majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB) no partido.

O novo presidente do PT assume a legenda num momento em que o partido se prepara para as eleições de 2026 e busca fortalecer sua presença no Senado.

Edinho derrotou outros três candidatos: Rui Falcão, que já presidiu o PT; Valter Pomar, dirigente histórico da legenda; e Romênio Pereira, um dos fundadores do partido. A eleição foi realizada no último domingo 6, mas o resultado só foi divulgado após a definição sobre a situação de Minas Gerais, onde a votação foi adiada por decisão do diretório nacional.

A votação no estado foi suspensa após disputa judicial envolvendo a deputada federal Dandara Tonantzin, que teve sua candidatura à presidência estadual impugnada por inadimplência partidária. Ela alegou erro bancário no pagamento da dívida, mas a Justiça acabou revertendo a liminar que permitia sua participação.

Os resultados de Minas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Pará, Paraná e Bahia ainda não foram consolidados, mas de 342 mil votos apurados, Edinho conquistou 73% deles, sendo considerado o vencedor.

Primeira fala como presidente eleito

Em seu primeiro discurso após a vitória nesta segunda-feira 7, Edinho deixou claro qual será a principal missão política do partido até 2026:

“Só um partido unido será capaz de compreender a complexidade da conjuntura e reeleger o presidente Lula. Essa reeleição é essencial para a continuidade do projeto de reconstrução do Brasil e para garantir que a democracia vença o pensamento autoritário e fascista, que infelizmente cresce em setores importantes da política nacional e internacional.”

Ele também fez questão de agradecer o presidente Lula pela confiança:

“Quero fazer um agradecimento público à confiança do presidente Lula. Empenharei todos os dias para honrá-la. Mesmo neste processo de transição, quero deixar claro que já estou construindo uma forma de condução em que serei o presidente de todas as correntes, de todos os grupos, de toda a militância. Meu trabalho será pela unidade do PT – entendida como a convivência com o debate e com as divergências.”

Ele ressaltou o espírito de unidade dentro do partido, apesar das divergências internas. Disse que pretende ser um presidente de todas as correntes do PT e reforçou o compromisso com a democracia interna:

“Eu penso que prevaleceu um ambiente de unidade, por mais que tenham existido contradições – que, é importante dizer, são naturais da cultura democrática do PT. As disputas internas do partido frequentemente trazem conflitos, e isso faz parte da tradição petista. Mas o ambiente majoritário foi de união. Agradeço muito ao companheiro Humberto [Costa] e, em nome dele, a todos os dirigentes e candidatos que disputaram comigo: Rui Falcão, Romênio Pereira e Valter Pomar. Sem eles não haveria o debate político que aprimora nossas propostas.”

O novo presidente do PT também se comprometeu a ter uma gestão próxima da base partidária:

“Serei um presidente presente, que viajará o Brasil, estará nos diretórios estaduais, dialogará com os movimentos sociais e com todas as forças políticas comprometidas com um Brasil sem privilégios, mais justo e democrático.”

Edinho celebrou o processo de participação interna do partido, que mobilizou mais de 400 mil filiados, um número que ainda pode crescer conforme a apuração se conclui em estados como Minas Gerais.

“Nenhum outro partido no Brasil é capaz de organizar um processo de eleição interna com essa magnitude. Estou muito feliz pelo resultado e honrarei cada voto de confiança. Trabalharemos juntos por um Brasil mais justo e democrático.”

Ex-ministro, prefeito e dirigente

Edinho Silva é filiado ao PT desde os anos 1980. Foi deputado estadual por São Paulo entre 2011 e 2015, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência no governo Dilma Rousseff e coordenador da campanha de Lula em 2022. Também já presidiu o PT entre 2009 e 2013.

Exerceu quatro mandatos como prefeito de Araraquara (SP). É graduado em Ciências Sociais pela Unesp e mestre em Engenharia de Produção pela UFSCar.

Sua eleição para o comando nacional do partido foi construída com apoio de setores próximos a Lula, tendo, inclusive, apoio do presidente.

CartaCapital

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