Gouveia e Melo e sheik Munir insultados na cerimónia de homenagem a ex-combatentes

O candidato presidencial almirante Gouveia e Melo marcou presença, esta terça-feira, na cerimónia de homenagem aos ex-combatentes que acontece todos os anos, em Lisboa, no 10 de junho.
A iniciativa que decorre sempre no Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, ficou marcada por gritos de traição e insultos racistas, devido à presença o imã da Mesquita Central de Lisboa.
O sheik David Munir subiria ao palanque durante a cerimónia, que contou também com o presidente da Câmara de Lisboa, num momento que a organização apresentava como “uma cerimónia inter-religiosa católica e muçulmana”.
Quando o sheik se estava a dirigir para o palanque, um homem vestido com uma farda caqui insurgiu-se e, aproximando-se do local, começou a gritar que a presença do imã de Lisboa na cerimónia era “uma traição ao povo português”.
“Isto é uma vergonha, pá. Isto é não é a tua pátria”, gritou outro homem no final da breve intervenção de David Munir, antes de se dirigir a Gouveia e Melo, que se encontrava à sua frente, a poucos metros de distância.
“O almirante Gouveia e Melo está entregue aos traidores”, acusou, continuando com insultos racistas, até que as autoridades intervieram num momento de quase confronto físico com outras pessoas que lhe pediam para se calar.
Questionado no final da cerimónia sobre a situação, o candidato presidencial não se quis pronunciar, dizendo apenas que “estes momentos são de união e não de desunião”. “E é isso que é importante manter”, acrescentou.
Jornal Sol