Liberais veem Cotrim como a ‘salvação’ para as Presidenciais

O eurodeputado João Cotrim Figueiredo é visto internamente como o único nome dentro da Iniciativa Liberal (IL) que poderá avançar para as eleições presidenciais, apurou o Nascer do SOL. «Não há mais nenhum nome interno que possa fazer frente às outras candidaturas e não nos podemos esquecer que foi ele que conseguiu ‘bater recordes’ nas europeias ao ultrapassar os 9%, garantindo dois lugares no Parlamento Europeu pela primeira vez. Basta recuar a 2019 para perceber que o partido obteve apenas 0,9% e não conseguiu eleger nenhum deputado europeu», admitem militantes ouvidos pelo nosso jornal.
E apontam ainda outras vantagens: « A sua eleição como vice-presidente do grupo liberal Renew Europe no Parlamento Europeu aumentou a sua visibilidade internacional e reforçou a sua imagem como político de perfil europeu e institucional», acrescentam.
É certo que esta hipótese não causa surpresa, já que essa disponibilidade foi avançada pelo próprio João Cotrim de Figueiredo, apesar de ter referido que a decisão ainda não está tomada e que também está dependente do apoio de outras entidades além da IL, sem querer adiantar pormenores.
Esta possibilidade foi bem recebida pela líder do partido ao considerar que o eurodeputado tem «todas as características» para representar os valores liberais nas eleições presidenciais, admitindo que esperava que a sua candidatura se materialize. «É uma pessoa que reúne todas as características que são fundamentais para ocupar o espaço das ideias e dos valores liberais, desta defesa intransigente de mais liberdade, de menos Estado, de um Estado muito mais eficiente». salientou Mariana Leitão.
Em entrevista ao Nascer do SOL já tinha admitido que preferia ter um candidato que defenda a posição liberal, uma vez que não se revê em nenhuma das candidaturas que já foi oficializada. «A IL tem de apoiar uma pessoa que defenda os valores liberais. Foi também por isso que avancei. Tem de ser alguém que se reveja profundamente nestas questões, tem de ser alguém que queira combater esta lógica do Estado em todo lado, tem de ser alguém que queira ser quase um agente que consiga pôr as ideias liberais em discussão e mostrar esta visão diferente de país que temos. Dos candidatos que já se apresentaram não acho que haja nenhum que reúna estes requisitos», reconheceu.
Jornal Sol