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Médio Oriente: Livre diz que decisão de reconhecer Palestina “é necessária, mas tardia”

Médio Oriente: Livre diz que decisão de reconhecer Palestina “é necessária, mas tardia”

O cabeça de lista por Lisboa do partido Livre, Rui Tavares, momentos antes da entrega das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, no Juízo Central Cível de Lisboa, Palácio da Justiça, em Lisboa, 20 de dezembro de 2021. As eleições legislativas realizam-se a 30 de janeiro. ANDRÉ KOSTERS/LUSA

O Livre considerou hoje que a decisão do Governo de considerar o reconhecimento do Estado da Palestina “é necessária, mas tardia” e acontece “quase mais por pressão exterior” e dos cidadãos do que por vontade do próprio executivo.

“É uma boa decisão, mas é certamente tardia. Não faltaram oportunidades, diga-se também a governos anteriores, para avançar com este reconhecimento”, afirmou, em declarações à agência Lusa, o deputado do Livre Jorge Pinto.

Já em 2015, nas primeiras eleições às quais se apresentou, o Livre foi “o único partido que disse que uma das condições que teria em cima da mesa para apoiar um eventual Governo à esquerda seria o reconhecimento efetivo da Palestina enquanto Estado livre, independente e soberano”, recordou.

“Aquilo que o Governo parece fazer agora é que, pressionado também por outros parceiros internacionais, com França à cabeça, percebeu que se calhar já não tem espaço para não avançar com esse reconhecimento”, referiu Jorge Pinto.

Para o deputado do Livre, esta é “uma decisão necessária, mas tardia” e que “acontece quase mais por pressão exterior do que por pressão e vontade do próprio Governo”, destacando também a importância da “pressão cidadã” para este reconhecimento.

“Este reconhecimento, a confirmar-se – e eu quero crer que há uma maioria parlamentar que o apoiará também – é importante, mas é preciso mais”, alertou.

Jorge Pinto referiu que o seu partido tem apresentado propostas para que se faça um embargo ao transporte e venda de armas para Israel ou para que haja uma suspensão efetiva do acordo de comércio União Europeia-Israel.

“E uma coisa cada vez mais importante é que haja uma responsabilização judicial e criminal de todos aqueles envolvidos nos crimes de guerra e no crime de genocídio por parte de Israel em Gaza, como aliás aconteceu noutros casos semelhantes”, defendeu.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje que vai ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a “considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano” na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.

“O Governo decidiu promover a auscultação de sua Excelência o Senhor Presidente da República e dos Partidos Políticos com representação na Assembleia da República, com vista a considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano, num procedimento que possa ser concluído na semana de Alto Nível da 80.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, a ter lugar em Nova Iorque no próximo mês de Setembro”, anunciou o primeiro-ministro, em comunicado.

jornaleconomico

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