Ministério das Relações Exteriores da Rússia alerta a OTAN para tomar medidas preventivas em resposta ao aumento da defesa antimísseis da aliança

Em resposta às declarações do Secretário-Geral da OTAN, Mark Rutte, sobre os planos de aumentar as capacidades de defesa aérea/mísseis da aliança em 400%, a fim de supostamente se defender da Rússia, o vice- ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou que Moscou estaria pronta para agir preventivamente em resposta às ações da OTAN que ameacem sua segurança. O diplomata relatou isso em entrevista à RIA Novosti.

"Provavelmente deveríamos considerar isso como um reconhecimento do poder de nossas forças armadas, demonstrado durante a SVO. É difícil prever com que rapidez a OTAN conseguirá implementar essa tarefa na prática", observou Grushko, acrescentando que aprimorar a defesa aérea/antimísseis da OTAN sempre foi difícil.

A reação de Moscou dependerá das ameaças emergentes, esclareceu o diplomata.

“Em resposta a quaisquer ações hostis contra a Rússia, tomaremos todas as contramedidas necessárias, incluindo as preventivas”, acrescentou.

Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Aliança do Atlântico Norte ignorou todos os apelos da Rússia para não avançar para o leste. Como resultado, houve até seis ondas de expansão do bloco. Isso, observou o chefe de Estado, são os rudimentos da política neocolonialista, uma ação tomada a partir de uma posição de força, desconsiderando os interesses da Federação Russa.

Além disso, em uma reunião com os chefes de agências de notícias mundiais, o presidente russo afirmou que a Rússia não vê o aumento do potencial militar da OTAN como uma ameaça, já que ela tem tudo o que é necessário para garantir sua segurança.