Assassinatos de estudantes em Idaho: Bryan Kohberger recebe 4 penas de prisão perpétua. Quem foram as 4 vítimas?

Bryan Kohberger, o culpado pelos assassinatos de estudantes da Universidade de Idaho em 2022, foi condenado a quatro penas consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. A sentença ocorreu na quarta-feira em um tribunal de Boise, onde familiares das vítimas e dois colegas de quarto sobreviventes confrontaram Kohberger com declarações fortes e emocionais. Kohberger, que no início deste mês se declarou culpado como parte de um acordo para evitar a pena de morte, compareceu ao tribunal vestindo um macacão laranja de presidiário. Quando convidado a falar, ele simplesmente disse: "Respeitosamente, recuso". Murmúrios de "covarde" e "surpresa, surpresa" podiam ser ouvidos das famílias das vítimas no tribunal. Antes de proferir a sentença, o juiz Steven Hippler descreveu Kohberger como um "covarde sem rosto" e expressou admiração pela coragem demonstrada pelas famílias das vítimas. Ele também admirou a coragem demonstrada pelas famílias das vítimas que se manifestaram no tribunal. Ele também condenou Kohberger por não demonstrar remorso ou arrependimento pelos assassinatos. Embora reconhecesse que não poderia obrigar legalmente Kohberger a revelar seus motivos, acrescentou que duvidava que qualquer explicação sua fosse verdadeira, segundo a CBS News. O tribunal impôs quatro sentenças consecutivas de prisão perpétua para cada um dos assassinatos, além de uma pena de 10 anos de prisão pela acusação de roubo. Kohberger também deverá pagar US$ 50.000 por acusação de homicídio e uma multa civil de US$ 5.000 à família de cada vítima. Como parte do acordo judicial, ele renunciou ao direito de apelar e deverá apresentar seu DNA às autoridades. A sentença ocorreu após mais de uma dúzia de declarações impactantes de famílias e amigos devastados das vítimas: Ethan Chapin, Xana Kernodle, Madison Mogen e Kaylee Goncalves, que foram mortos nas primeiras horas de 13 de novembro de 2022, em uma casa fora do campus em Moscow, Idaho. Kohberger foi preso seis semanas após os assassinatos na casa de seus pais, na Pensilvânia. Os promotores disseram ter reunido amplas evidências que o ligam à cena do crime, incluindo DNA, dados telefônicos, imagens de vigilância de seu carro e registros de compras online. Sua motivação ainda permanece obscura. Xana Kernodle , formada em marketing e membro da fraternidade Pi Beta Phi, era conhecida por sua energia brilhante e positiva. Criada em Avondale, Arizona, e educada em Post Falls, Idaho, Xana namorava Ethan Chapin e dividia a casa fora do campus com suas amigas próximas, Madison Mogen e Kaylee Goncalves. Sua irmã, Jazzmin, a descreveu como alguém que iluminava todos os cômodos em que entrava. Kaylee Goncalves , uma estudante de 21 anos do último ano de Estudos Gerais, também era membro da fraternidade Alpha Phi. Ela cresceu no norte de Idaho e tinha uma amizade de longa data com Madison Mogen. As duas eram inseparáveis, praticamente como irmãs. A amizade delas foi bem documentada em uma postagem comovente de Kaylee no Instagram comemorando o aniversário de 21 anos de Mogen, segundo a Fox 13 Seattle. Madison Mogen, formada em marketing e natural de Coeur d'Alene, Idaho, trabalhava no restaurante Mad Greek, no centro de Moscou, onde gerenciava as mídias sociais do estabelecimento usando suas habilidades de marketing — assim como sua amiga Xana Kernodle. Mogen e Kaylee Goncalves eram melhores amigas desde o ensino fundamental e planejavam se formar e se mudar para Boise juntas. Ethan Chapin Ethan Chapin, de 20 anos, era trigêmeo e calouro de gestão esportiva. Membro da fraternidade Sigma Chi, ele mantinha um relacionamento com Xana Kernodle. Natural de Conway, Washington, era lembrado pelo seu treinador de basquete do ensino médio como um jovem alegre e motivado. Os três irmãos Chapin iniciaram seus estudos na Universidade de Idaho em 2022. Quem é Bryan Kohberger? Bryan Kohberger, que tinha 28 anos na época dos assassinatos, era um estudante de doutorado em criminologia na Universidade Estadual de Washington, localizada a uma curta distância de carro de Moscow, Idaho. Ele não tinha nenhuma ligação pessoal conhecida com as vítimas. Seus antecedentes e motivos continuam sendo foco de especulações, mas os promotores afirmam que as provas contra ele eram contundentes e incluíam material de DNA compatível recuperado na cena do crime, dados de rastreamento de celular e vídeos de vigilância. A confissão de culpa de Kohberger o poupou da pena de morte, mas não ofereceu respostas às famílias que ainda lutam com o horror do ocorrido. O juiz Hippler deixou claro que, embora a justiça tenha sido feita em termos de sentença, o verdadeiro desfecho pode permanecer para sempre fora de alcance.