Ataque israelense mata jornalista da Al Jazeera Anas Al Sharif em Gaza

A rede disse que cinco de seus jornalistas foram mortos no ataque direcionado.
LONDRES — A empresa de mídia Al Jazeera disse em um comunicado de domingo que cinco de seus jornalistas — incluindo o proeminente correspondente Anas Al Sharif — foram mortos em um ataque aéreo israelense contra uma barraca que abrigava repórteres na Cidade de Gaza.
O correspondente Mohammed Qreiqeh, os cinegrafistas Ibrahim Zaher e Moamen Aliwa e seu assistente Mohammed Noufal também foram mortos no ataque, disse a Al Jazeera.
As Forças de Defesa de Israel disseram em um comunicado que tinham como alvo Sharif, alegando que o correspondente liderava uma célula do Hamas e estava envolvido em ataques com foguetes contra alvos israelenses.

Sharif era um dos jornalistas mais conhecidos de Gaza, com milhões de seguidores nas redes sociais. Sua última publicação em suas contas X e Instagram minutos antes de morrer.
A Al Jazeera afirmou em um comunicado que "condena veementemente o assassinato seletivo" de seus jornalistas. "A ordem para assassinar Anas Al Sharif, um dos jornalistas mais corajosos de Gaza, e seus colegas é uma tentativa desesperada de silenciar as vozes que expõem a iminente tomada e ocupação de Gaza", acrescentou.
A greve de domingo ocorreu depois que o Comitê para a Proteção de Jornalistas publicou um apelo pela proteção de Sharif, dizendo estar "gravemente preocupado" com sua segurança e acusando as IDF de lançar uma "campanha de difamação" contra ele, que Sharif "acredita ser um precursor de seu assassinato".
O CPJ disse que 186 jornalistas foram mortos desde o início da guerra entre Israel e Gaza em 7 de outubro de 2023. Pelo menos 178 deles eram palestinos mortos pelas forças israelenses, disse o grupo.

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Samy Zyara, Nasser Atta e Jordana Miller, da ABC News, contribuíram para esta reportagem.
ABC News