BP reduz gastos líquidos zero em quase £ 4 bilhões em foco renovado em petróleo e gás

A BP confirmou que cortará os gastos em negócios de transição para emissões líquidas zero em mais de cinco bilhões de dólares americanos (£ 3,95 bilhões) por ano e aumentará significativamente suas operações de petróleo e gás.

A gigante dos combustíveis fósseis disse que ainda espera se tornar uma empresa com emissões líquidas zero, mas gastará apenas até dois bilhões de dólares (£ 1,6 bilhão) por ano em projetos voltados à transição energética, um corte significativo.

A empresa disse que aumentará o investimento em petróleo e gás em cerca de 20%, para 10 bilhões de dólares americanos (£ 7,9 bilhões) por ano, como parte de uma grande atualização estratégica.

O presidente-executivo Murray Auchincloss disse que a empresa está concentrando seus gastos nos “negócios de maior retorno da BP para impulsionar o crescimento e buscando incansavelmente melhorias de desempenho e eficiência de custos”.

Ele acrescentou que, além do aumento nos gastos com petróleo e gás, a BP será “muito seletiva em nossos investimentos na transição (energética), inclusive por meio de plataformas inovadoras de capital leve”.

O Sr. Auchincloss disse: “Esta é uma redefinição da BP, com um foco inabalável no crescimento do valor de longo prazo para os acionistas.”

A atualização dos planos da gigante do petróleo e gás acontece antes de uma importante reunião de acionistas em Londres na tarde de quarta-feira.

A BP está sob crescente pressão de alguns acionistas devido à queda nos lucros e ao preço das ações que ficou atrás do rival Shell.

O influente fundo de hedge americano Elliott Management adquiriu recentemente uma participação de quase £ 4 bilhões na empresa, pouco menos de 5% de suas ações.

Acredita-se que a medida teve como objetivo fazer a BP retornar aos combustíveis fósseis para aumentar os lucros.

A BP lucrou cerca de £ 7,2 bilhões no ano passado, um terço a menos que no ano anterior, depois que os preços do petróleo e do gás caíram em relação às máximas observadas após a invasão da Ucrânia pela Rússia .

O Sr. Auchincloss já separou o negócio de energia eólica offshore da BP em uma joint venture, enquanto busca se desfazer do braço eólico onshore.

O grupo já vem cortando custos diante de negociações mais difíceis.

Recentemente, a empresa anunciou que cortaria mais de 5% de sua força de trabalho, com medidas para eliminar 4.700 empregos em sua força de trabalho global e 3.000 funções de terceirizados.