Elon Musk sofre golpe duplo com queda das ações da Tesla e 283 mil assinam petição no Canadá

Elon Musk está enfrentando pedidos de canadenses para revogar sua cidadania.

Mais de 283.000 canadenses assinaram uma petição pedindo ao primeiro-ministro Justin Trudeau que revogue a cidadania e o passaporte de Musk, após ele se envolver em "atividades que vão contra o interesse nacional do Canadá".

A petição também afirma que ele está se juntando a um “governo estrangeiro que está tentando apagar a soberania canadense” e está usando sua “riqueza e poder para influenciar nossas eleições”, referindo-se à propriedade do bilionário da plataforma de mídia social X.

Isso ocorre em um momento em que as ações da Tesla, empresa de Musk, caíram 9% depois que as vendas na UE e no Reino Unido caíram quase pela metade em janeiro.

As vendas da Tesla caíram mais de 45% na UE, EFTA e Reino Unido, apesar das tendências de vendas de carros elétricos na Europa, que cresceram mais de um terço em janeiro, de acordo com a associação comercial Acea.

Respondendo à petição, patrocinada pelo membro do Parlamento canadense Charlie Angus, Musk escreveu nas redes sociais: "O Canadá não é um país de verdade".

A petição precisava de 500 assinaturas para poder ser apresentada na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento canadense.

Um especialista em cidadania e imigração disse que é altamente improvável que sua cidadania possa ser revogada, pois ela é amplamente restrita a casos de fraude, mas Irene Bloemraad disse que isso reflete "a consternação e a indignação de muitos canadenses".

Musk agiu como braço direito de Trump enquanto o presidente aplicava tarifas de 25% sobre as importações canadenses e afirmava que o vizinho de Washington deveria se tornar o 51º estado dos Estados Unidos.

Grandes supermercados começaram a rotular o país de origem de seus produtos para ajudar os clientes a fazer escolhas informadas, enquanto adesivos começaram a aparecer nos Teslas, dizendo: "Comprei isso antes de sabermos que Elon era louco".

Musk, que nasceu na África do Sul e possui cidadania canadense e americana, supervisiona o Serviço DOGE (Serviço Digital dos Estados Unidos) dos EUA, que demitiu milhares de funcionários do governo como parte dos cortes de gastos.