Irmãos arrancam os olhos da própria irmã e cortam os dois pés em um assassinato de honra

Em um incidente horrível , dois homens paquistaneses supostamente arrancaram os olhos de sua irmã e cortaram seus pés em um "crime de honra".

Em novembro de 2016, suspeitando do sequestro da irmã, dois irmãos — identificados como Muhammad Afzal e Mohammad Munir, de acordo com o meio de comunicação paquistanês The Express Tribune — teriam arrancado os olhos de sua irmã de 40 anos, Shareefan Bibi.

Afzal teria suspeitado que a mãe de cinco filhos estivesse envolvida no sequestro de sua filha, Asia, na aldeia de Shehr Sultan, em Muzaffargarh, província de Punjab, Paquistão. O Express Tribune informou que Afzal havia denunciado um caso contra sua irmã em relação ao desaparecimento de sua filha.

Afzal e Munir teriam enviado o filho do primeiro, Muhammad Aslam, para chamar a irmã (tia dele) para uma audiência judicial. Enquanto Shareefan se dirigia para lá, os três homens supostamente a pegaram e arrancaram seus olhos com uma faca afiada, além de cortarem seus pés, antes de fugirem imediatamente da cena do crime.

A dupla de irmãos supostamente usou uma "faca afiada" e cortou os membros da irmã antes de fugir imediatamente da cena do crime horrível.

Shareefan teria sido levada a um centro de saúde rural por um transeunte após o ato horrível, e depois encaminhada ao Hospital Nishtar em Multan, onde ela estaria em estado crítico no momento.

Em declarações ao The Express Tribune , a filha de Shareefan, Nusrat, alegou que seus tios queriam matar sua mãe, pois a culparam pelo sequestro da filha de Afzal, Asia.

Este não é o único caso de crimes de honra no Paquistão que virou manchete. Em janeiro deste ano, um pai admitiu ter assassinado sua filha de 15 anos depois que ela se recusou a parar de postar vídeos no TikTok , segundo relatos da polícia.

Anwar ul-Haq, que havia recentemente se mudado com a família dos EUA para o Paquistão, foi acusado de homicídio após confessar ter atirado em sua filha adolescente, Hira, na cidade de Quetta, no sudoeste do país. Apesar de inicialmente ter culpado homens não identificados pelo tiroteio, o pai posteriormente confessou o crime, afirmando que considerava as postagens online da filha "censuráveis".

Ul-Haq, um cidadão americano, teria proibido sua filha de criar vídeos no TikTok que ele considerasse "inapropriados" e a família "tinha objeções quanto às suas roupas, estilo de vida e forma de se reunir socialmente", de acordo com a polícia.

As autoridades confirmaram que estavam investigando os motivos do assassinato, incluindo a possibilidade de ter sido um "crime de honra". O cunhado do pai de Hira também havia sido preso em conexão com o trágico assassinato.

Segundo relatos de grupos de direitos humanos, centenas de pessoas, a maioria mulheres, são vítimas de "crimes de honra" no Paquistão todos os anos. Geralmente, esses crimes são cometidos por familiares que acreditam estar defendendo a honra de suas famílias.