Mais um ponto turístico europeu está ficando cansado de 'turistas usarem sacolas plásticas nos pés'

A polícia na Sicília está cada vez mais frustrada com os visitantes que se aglomeram para assistir às erupções contínuas do Monte Etna e estão ignorando avisos e restrições.

Desde que o vulcão mais ativo da Europa entrou em erupção no início deste mês, os moradores locais observaram uma deterioração preocupante no comportamento dos turistas .

“Durante esses 12 dias de erupções, vimos muitas situações absurdas”, disse o fotojornalista Giuseppe Distefano. “Há alguns caminhando em direção ao fluxo de lava com sacos plásticos nos pés para não molhar os sapatos com neve e gelo.”

As restrições atuais limitam os turistas a uma distância mínima de 500 metros do fluxo de lava e atividades como esqui também são proibidas .

No entanto, surgiram imagens de pessoas ignorando essas regras e várias delas ficaram feridas ou se encontraram em situações perigosas.

“Houve vários feridos, incluindo alguém que quebrou o tornozelo”, disse o Sr. Distefano ao The Telegraph . “Alguns tiveram hipotermia, alguns se perderam.”

Sem guarda na entrada da pista principal, a Pista Altomontana, durante esta última erupção, visitantes sem um guia para detê-los têm tentado algumas acrobacias bizarras e extremamente perigosas.

“Alguém assou uma salsicha em uma pedra de lava, e outro cara que eu conheço preparou um café com uma cafeteira italiana”, acrescentou o Sr. Distefano. Ele também disse que recebeu um pedido de um produtor de vinho que queria fotografar uma garrafa sendo destruída pelo fluxo de lava. Ele rejeitou o pedido, apesar da oferta de uma quantia considerável.

Vídeos começaram a circular online, forçando a polícia local a proibir a aproximação do fluxo de lava e tornando as visitas guiadas obrigatórias.

Como resultado, enquanto os visitantes costumavam poder assistir à erupção das encostas do Monte Etna de graça, agora eles precisam desembolsar de 50 a 85 euros (£ 41-70).

Visitantes vestidos de forma “inadequada” também levaram ao aumento do trabalho para o resgate na montanha. É “como se estivessem no centro de Catania”, disse o marechal Angelo Previtera, que trabalha para a força Guardia di Finanza. “Nesses últimos resgates que fizemos, notamos que as pessoas estavam vindo com tênis e roupas inadequadas.”

O Sr. Previtera acrescentou que mesmo aqueles que conhecem a área devem levar uma lanterna de cabeça e sempre comunicar para onde estão indo.

O Sr. Distefano atribuiu o crescimento das mídias sociais às pessoas que desejam empreender essas jornadas perigosas.

“Algumas pessoas tentam ter o melhor vídeo para compartilhar nas mídias sociais. Se você disser: 'Precisamos parar aqui', elas dirão: 'Posso te dar mais € 1.000 – podemos ir lá?'

“Eu direi 'Não, se formos lá você fará um vídeo incrível, mas amanhã você irá embora e eu ficarei aqui, e isso criará um grande problema para mim. Aqui é perfeito, outros 500m não mudarão sua foto incrível.'”

Em 2017, 10 pessoas de uma equipe da BBC ficaram feridas quando foram pegas de surpresa por uma explosão perto de um fluxo de lava. “Ninguém morreu, felizmente”, ele acrescentou.