Os 10 países mais pobres do mundo, com apenas um fora da África

O que determina os países mais pobres do mundo não é "tão claro quanto dólares e centavos", como enfatizam os autores da pesquisa. No entanto, de acordo com o ranking da Concern Worldwide, nove países da África estavam entre os 10 mais pobres do mundo, e um na Ásia.
O relatório explicou que dados são frequentemente difíceis de obter em alguns dos países mais vulneráveis, e o Produto Interno Bruto (PIB) não representa toda a riqueza de um país, portanto, "qualquer classificação será incompleta e não totalmente representativa". No entanto, o relatório se concentrou no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2023-24 das Nações Unidas, que leva em consideração a expectativa de vida ao nascer, a Renda Nacional Bruta (RNB), a expectativa e a média de anos de escolaridade, e os efeitos das mudanças climáticas.
A guerra civil em Serra Leoa terminou em 2002, mas seus efeitos duradouros, juntamente com crises como a epidemia de ebola, desastres naturais e a pandemia de Covid , continuam impactando o país, de acordo com a Concern Worldide.
Após anos de progresso econômico, a inflação disparou e a pobreza continua generalizada, com pesquisas mostrando que 26% da população vive abaixo da linha internacional de pobreza, chegando a 60% nas áreas rurais.
9 - Burkina FasoBurkina Faso enfrenta sua pior crise humanitária devido à instabilidade política, conflitos e mudanças climáticas. Embora a inflação tenha caído significativamente em 2023 e a pobreza extrema tenha diminuído ligeiramente, mais de 40% da população ainda vive abaixo da linha da pobreza.
8 - IêmenQuase uma década de conflito e mudanças climáticas deixou quase 80% dos iemenitas vivendo abaixo da linha da pobreza, de acordo com o relatório, tornando-o o país mais pobre do Oriente Médio no continente asiático.
O relatório afirma que a guerra desencadeou o colapso econômico e a inflação, deixando muitos sem emprego ou renda estável. Embora uma trégua mediada pela ONU em 2022 tenha trazido algum alívio econômico, um bloqueio à exportação de petróleo em 2023 reverteu esses ganhos.
7 - BurundiCerca de 75% da população deste país da África Oriental vive abaixo da linha da pobreza. O país ainda se recupera de uma guerra civil que terminou em 2005 e enfrenta as mudanças climáticas, especialmente em sua economia predominantemente agrária.
Apesar desses desafios, o Burundi viu um crescimento econômico modesto em 2023 e visa o desenvolvimento de longo prazo, com metas governamentais de se tornar um país emergente até 2040 e um país desenvolvido até 2060.
6 - MaliA capital do Mali, Timbuktu, já floresceu como um entreposto comercial. No entanto, com os impactos das mudanças climáticas, dos conflitos nacionais e regionais dos últimos 12 anos e dos efeitos de longo prazo da pandemia, o país tem visto rápidos aumentos nos níveis de pobreza. O relatório afirma que 90% dos malineses vivem atualmente abaixo da linha da pobreza.
Apesar de um oleoduto de US$ 4 bilhões, o relatório afirma que o Chade é um dos países mais pobres do mundo devido à falta de infraestrutura e aos conflitos. Mais de 42% da população vive abaixo da linha nacional de pobreza.
Refugiados do vizinho Sudão fugiram para o país depois que uma violenta guerra civil eclodiu, levando à fome, e o Chade está lutando para sustentar o aumento populacional junto com outros fatores, como as mudanças climáticas.
4 - NígerEm 2023, mais de 1,1 milhão de pessoas no Níger ficaram abaixo da linha internacional de pobreza, elevando o total para mais de 52% da população vivendo com menos de US$ 2,15 por dia.
O relatório atribui isso ao conflito em curso, às mudanças climáticas e à instabilidade econômica persistente enraizada na história colonial do país. Um golpe de Estado em 2023 e as sanções subsequentes pioraram as condições, elevando a inflação e o custo das necessidades básicas.
3 - República Centro-AfricanaApós mais de uma década de crise, o relatório afirmou que o conflito persistiu e, em 2022, a atividade econômica quase parou completamente devido a grandes inundações e escassez de combustível.
Segundo o Banco Mundial, 70% da população vive em extrema pobreza e 90% não tem acesso à eletricidade.
2 - Sudão do SulDesde a independência em 2011, o Sudão do Sul sofreu duas guerras civis e agora opera sob um acordo de paz "frágil", segundo o relatório. Conflitos e desastres contínuos, como secas e inundações, deixaram 80% da população vivendo abaixo da linha da pobreza.
A Somália enfrenta décadas de crise marcadas por seca, conflito, fome e "governança fraca", deixando cerca de 70% da população abaixo da linha da pobreza e 90% na pobreza multidimensional.
O país estava no centro de uma seca histórica no Chifre da África e, embora o PIB tenha crescido modestamente a 2% ao ano, o PIB per capita continua a cair cerca de 0,8% ao ano.
O relatório concluiu: "Embora a pobreza seja um fato mensurável da vida, ela não define, em última análise, um país, uma comunidade ou um indivíduo. A luta contra a pobreza, se quisermos vencê-la, está nas mãos das pessoas com quem trabalhamos. Nosso trabalho é ajudá-las a encontrar as ferramentas e os recursos de que precisam."
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