Recapitulação do episódio 7 da terceira temporada de <i>The Gilded Age</i> : Bombas em abundância

Spoilers abaixo.

Truman Capote não foi o primeiro escritor a revelar segredos sobre seus amigos ricos e, em seguida, enfrentar o exílio social. Quase um século antes de " La Côte Basque, 1965 ", de Capote, chegar às bancas, Ward McAllister causou comoção na Quinta Avenida e além com seu livro revelador sobre a elite de Nova York. A Sra. Astor pode ficar feliz em saber que "A Sociedade como Eu a Encontrei" é um título esquecido no século XXI, mas o penúltimo episódio da terceira temporada de "A Era Dourada " (que acaba de ser renovada para uma quarta temporada ) usa esse lançamento sensacional para destacar os limites do poder e das conexões.

Ward McAllister não é o único a enfrentar uma recepção fria. Bertha retorna da Inglaterra para um marido e um filho que mal suportam estar no mesmo ambiente que ela. A alegria de Larry por encontrar sucesso no Arizona é rapidamente ofuscada quando ele lê a carta de Marian; ele não consegue entender por que ela rompeu o noivado. Marian não é a única moradora de coração partido na casa dos Forte, enquanto Oscar luta para esconder sua dor após a morte de John Adams .

Em outros lugares, a semana é repleta de fofocas, com a equipe de Russell armando uma armadilha e Elizabeth Kirkland descobrindo algo chocante sobre Peggy. A maior surpresa vem no final de "Ex-Communicated", quando mais sangue é derramado; pela segunda semana consecutiva, uma vida está em jogo. Alguém atirou em George Russell?

Um Escandaloso Livro de Memórias Revelador

A bomba literária de 1975 de Capote tornou-se a base para Feud: Capote vs. the Swans , de Ryan Murphy, mostrando a rápida queda do escritor. A reação da alta sociedade em The Gilded Age à exposição de fofocas de McAllister é igualmente rápida (na realidade, as memórias de McAllister foram publicadas em 1890, enquanto essas cenas acontecem em 1884). A Sra. Astor convoca uma reunião para discutir os próximos passos contra sua antiga confidente. Apesar do clima tenso, Ada está emocionada por ter sido convidada para sediar esta reunião, mesmo que os participantes estejam mais preocupados com o conteúdo do livro e não com a sala onde se sentam. A Sra. Fish está furiosa porque McAllister teve a coragem de sugerir que seu marido é "muito pão-duro quando se trata de escolher vinho". O horror! Ninguém mais menciona detalhes sórdidos específicos, mas eles finalmente decidem excomungar McCalister. Ele não irá ao baile de fim de ano da Sra. Astor em Newport.

Lá embaixo, Armstrong não se cansa dessa análise profunda dos cidadãos ricos de Nova York, mesmo que haja comentários sobre Oscar no livro que ela não entende.

McAllister rapidamente descobre que é o inimigo público número um. Seu nome não consta nas listas exclusivas, e a Sra. Astor se recusa a recebê-lo. Tudo se acumula sobre a Sra. Astor ao mesmo tempo, pois o marido de sua filha está pedindo o divórcio, e há muito pouco que ela possa fazer para impedir essa suposta desgraça. A Sra. Astor planeja cancelar as festividades em Newport devido aos escândalos em andamento, embora Bertha ache que a festa deve prosseguir, pois envia uma mensagem contra os pessimistas. Quando Bertha sai da casa da Sra. Astor, ela ignora McAllister enquanto ele tenta argumentar com ela.

Mas McAllister não se esgueira silenciosamente, invadindo a casa da Sra. Astor (que ele sabe que está em casa). Em vez de entrar de quatro, McAllister dispara uma lista de suas realizações na cena social de Nova York ("Eu sou a sociedade", ele diz). Foi ele quem misturou o antigo com o novo, apresentando a decoração e a moda europeias para o público americano. Foi ele também quem idealizou a lista dos 400 , dando um novo significado às listas de convidados exclusivos. No entanto, McAllister exagera, apontando que, quando se conheceram, a Sra. Astor era uma senhora rica e triste, cujo marido preferia a companhia de dançarinas. Essa cena se desenrola como um término amargo, em que você diz a coisa mais dolorosa que consegue dizer.

Mais tarde, ele encontra uma figura mais acolhedora ao visitar Bertha em casa. Ele explica que suas memórias tinham como objetivo mostrar ao resto do país uma espiada por trás da cortina da elite (Estrelas! Elas são como nós, a versão dos anos 1880). O que ele fez foi voar muito perto do sol. Bertha menciona que a Sra. Astor perguntou se ela poderia ser a anfitriã do baile de Newport, pois houve muitas reclamações quando ela ameaçou cancelar. Bertha tenta minimizar sua felicidade, mas aprecia a oportunidade de influenciar a sociedade. Primeiro, ela quer acabar com a proibição de mulheres divorciadas.

McAlister aproveita a oportunidade para perguntar se Bertha o convidaria, mas isso é ir longe demais. Os homens há muito são perdoados por seus flertes, enquanto mulheres como Aurora Fane são punidas . Bertha conhece suas limitações em seu novo papel como líder da sociedade (por mais temporárias que sejam): "Nada é mais perigoso do que superestimar o próprio poder."

Os infortúnios de George e Bertha continuam

Bertha está fundando uma sociedade para mulheres divorciadas, mas não porque ache seu casamento irreparável. No entanto, o relacionamento com George continua precário. George não dá a mínima para o livro de McAllister, pois tem problemas maiores para resolver. Por fim, ele confessa que os negócios estão piores do que nunca, provando que Bertha não é a única a guardar segredos. George não acredita totalmente em Bertha quando ela diz que Gladys está bem na Inglaterra. Se ao menos ele tivesse visto como sua esposa e filha colaboravam em Sidmouth.

O que Bertha quer é que eles apareçam como uma família no baile (Gladys e Hector estão navegando), para que possam acabar com os rumores desagradáveis com a verdade. Bertha não compreende que a realidade nua e crua é provavelmente pior do que o que McAllister escreveu. A situação não melhora para Bertha quando Larry retorna. Mesmo que o policial salve o negócio (sim, é tão fácil quanto isso), Larry chega à conclusão incorreta de que sua mãe teve algo a ver com o rompimento do noivado de Marian. George acha que seu filho está tramando algo, considerando seu histórico , e os dois homens decidem ficar no Union Club longe dela. George diz que sua ambição está fora de controle e que ela nunca pergunta o que eles querem. George faz alguns pontos válidos, mas é desagradável ver esses dois homens pensando o pior dela.

Bertha não estava exagerando ao dizer que Gladys está prosperando em Sidmouth. Nem mesmo uma carta de George para Hector dizendo que os pagamentos serão atrasados tem impacto sobre os recém-casados . Lady Sarah se pergunta se eles podem mandar Gladys de volta se o dinheiro acabar, mas Hector não quer isso. Hector tem prestado atenção quando se trata de Gladys. Ele se lembra que ela usou um vestido lilás na noite de abertura do Met, e ele tem lilases do jardim colocados no quarto de Gladys. Este gesto toca Gladys, que diz ao marido que ele tem instintos fortes que precisa começar a usar em vez de depender de sua irmã. A mensagem está sendo entendida, pois Lady Sarah é instruída a passar mais tempo em Londres e encontrar um lugar próprio.

Outro ponto positivo é que os Russell não precisam mais se preocupar com o vazamento de fofocas vindas de dentro da casa. Church, a Sra. Bruce e o Sr. Borden conseguem fazer com que a Srta. Andre revele sua carta, usando a velha tática de plantar um boato para ver se acaba no jornal. Church vê a Srta. Andre morder a isca, inclusive observando-a pegar um envelope de um homem no parque. "Dinheiro é dinheiro", explica a Srta. Andre. Ela ganhava US$ 40 por cada história publicada, e os negócios estão prosperando. Mas ela terá que encontrar suas histórias em outro lugar, já que foi expulsa da casa dos Russell.

Oscar quase sai do armário

"Ele é um homem. Homens não sentem essas coisas como nós", diz Agnes sobre como Oscar está reagindo à morte de John Adams. Não poderia estar mais longe da verdade, o que Agnes logo descobrirá. Primeiro, Oscar tem um encontro com a irmã de John, Nancy Adams Bell (Kate Baldwin). Não havia segredos entre John e sua irmã, e ela é incrivelmente gentil e empática. Nancy revela que John deixou sua casa de veraneio no interior para Oscar. Não há documentação oficial, mas ela sabia que era isso que seu irmão queria. Oscar nunca disse não a algo que valesse tanto, mas acha que é grande demais para aceitar. Nancy rejeita sua tentativa gentil, insistindo que ele fique com a propriedade onde o ex-casal compartilhou memórias felizes.

Ao chegar em casa, Oscar se irrita com a tia Ada quando ela pergunta se ele está bem. Oscar revela que John lhe deixou uma casa de campo em Livingston Manor com vista para o Lago Hunter. Agnes pergunta se isso se deve ao fato de a família da mãe de Agnes ter se estabelecido naquela região em 1750. Caso contrário, ela não consegue pensar em nenhum outro motivo para John legar ao filho algo tão grande. É claro que não é esse o motivo.

A dor de Oscar transborda rapidamente quando ele diz que não pode ser nem muito alegre nem muito triste. "Tenho certeza de que você não quer ouvir que sinto falta dele", ele grita. Oscar então começa a chorar, e é impossível não se emocionar com a angústia de não poder revelar a profundidade de seu amor por John. O que se segue é o mais próximo de uma cena de revelação nesta casa. Oscar descreve o tormento de sentar-se no fundo da igreja para o funeral de John. Ele para de repente antes de dizer exatamente onde era seu lugar de direito. Agnes não consegue entender o que está acontecendo. Oscar pergunta se ela "realmente quer saber", o que eu não tenho certeza se ela quer. Marian interrompe, dizendo que Oscar está chateado porque o homem que o salvou — sem outro motivo além de gentileza — está morto. A expressão no rosto de Agnes sugere que ela está tentando entender por que Oscar está tão destruído.

Marian visita Oscar em seu quarto, revelando que não é tão ingênua quanto costuma parecer. Eles nunca dizem a palavra "gay", mas fica claro que estão na mesma página. Oscar acha que ela desviaria o olhar dele (como a sociedade faria) se soubesse a verdade. Marian admite que não é especialista nesses assuntos, mas não vai virar as costas para o primo. Tudo o que ela quer é ajudar. Oscar diz que ela já fez mais do que jamais poderia imaginar.

Marian e Larry

Embora Marian seja uma boa ouvinte em relação à sexualidade do primo, ela não está disposta a ouvir Larry. Eu esperava que, depois que Marian tivesse tempo para refletir, ela se mostrasse aberta a deixar Larry explicar. Em vez disso, ela se mantém firme. Primeiro, ela se recusa a ver Larry. Ada fica parada na porta, tentando responder às perguntas de Larry. Larry se recusa a aceitar o anel de noivado de volta, dizendo a Ada que a falta de respostas é confusa: ele está de coração partido.

Ada acha injusto Marian deixar Larry no escuro. Marian volta a culpar suas experiências passadas, já que todos os homens que conheceu a decepcionaram. Marian acha que seria melhor ser solteirona, recebendo uma repreensão necessária da tia. Ada fala sobre sua experiência de solidão e diz que é melhor ter amado brevemente do que ter passado a vida sozinha. Termina com o casal se abraçando, mas Marian precisa parar de deixar o medo ditar suas ações.

Em vez de esperar, Larry vai ver Marian na escola onde ela trabalha. Marian revela que sabe que ele não estava na Delmonico's, mas em uma "casa de má fama". Larry contesta a informação, explicando que o Haymarket é um clube onde "se organizam entretenimentos que não são os mais respeitáveis". O motivo pelo qual ele não lhe contou para onde estava indo é que não queria que ela pensasse o pior. Em vez de rir do mal-entendido bobo, o noivado continua cancelado.

Mais tarde, enquanto Marian ajuda Jack a procurar uma casa para comprar, o assunto Larry surge. Jack se sente culpado por ter sido ele quem acidentalmente revelou o segredo de Haymarket e quer deixar claro que Larry não fez nada de errado. Jack diz que passou a noite toda com Larry e sabe que não houve nada suspeito. Mesmo que isso resolva tudo, os problemas de confiança de Marian precisam ser resolvidos.

A Reunião do Sufrágio e o Passado de Peggy

Marian também está presente na reunião sobre sufrágio que Peggy está organizando, com Frances Ellen Watkins Harper como palestrante convidada. Quando a escola de Marian não pode mais sediar o evento (porque o marido da principal patrocinadora desistiu), Ada oferece sua casa. Ao contrário da temperança (sobre a qual Ada parou de falar), Agnes é uma grande defensora dessa causa. Mas, nesse encontro, Agnes faz de tudo para evitar a mulher da Sociedade do Patrimônio de Nova York, pois acredita que está sendo alvo de acusações por dinheiro que não tem.

Para o alívio de Peggy, Elizabeth Kirkland não está na plateia. Mais cedo, William disse a Peggy que está impressionado com tudo o que ela faz. Peggy acha que sua mãe discorda dessa avaliação. Peggy tem razão. Elizabeth faria qualquer coisa para acabar com esse romance crescente, e é por isso que ela age tão rapidamente quando descobre, por uma amiga, sobre a cerimônia de Páscoa que Peggy e seus pais compareceram na Filadélfia na primavera passada. Foi nessa cerimônia que Peggy e seus pais homenagearam seu filho falecido, que morreu de escarlatina. Elizabeth quer saber por que a notícia de que Peggy se casou, mas entregou seu filho para adoção, só está vindo à tona agora — é claro, Elizabeth está apenas ouvindo especulações, não a verdade.

Elizabeth imediatamente pega um trem para ir até William, mas, ao contrário de Marian, William quer ouvir o lado de Peggy antes de tirar conclusões precipitadas. É tarde, mas William faz uma visita domiciliar na Rua 61 — teremos que esperar o final para ver o que acontece.

Verdades da Casa de Clay

No escritório de George, o clima melhorou drasticamente. As minas de cobre são uma Ave-Maria que dá a George a alavancagem necessária para recolocar seus negócios nos trilhos (literalmente), já que ele tem capital suficiente para comprar ações da Merrick e assumir o controle da Illinois Central Line. George tem grande prazer em dizer ao Sr. Sage e Clay que venceu. Sage imediatamente demite Clay por não enxergar o valor daquelas minas de cobre e perder o poder. Clay parece despreocupado, dizendo a George que ele é como uma barata.

Sempre ouça o que as pessoas dizem. Mais tarde, George recebe uma entrega no escritório, mas não é um pacote. Em vez disso, um atirador abre fogo, atirando em uma secretária e, em seguida, virando a arma para George. O gatilho é puxado, mas não vemos quem (se é que alguém) a bala atinge. E eu aqui pensando que John Adams ser atropelado por uma carruagem puxada por cavalos era de tirar o fôlego. Agora temos que esperar mais uma semana para descobrir o destino de George no final da terceira temporada de The Gilded Age .