A decisão da Índia de restringir as exportações de Bangladesh foi moldada pela recente abordagem de Dhaka em relação ao Nordeste

A decisão da Índia de impor restrições à exportação de produtos de Bangladesh para o Nordeste da Índia foi moldada por vários comentários feitos pelo regime interino, incluindo o Conselheiro Chefe Md Yunus, de que isso pode sufocar a prosperidade dos estados do Nordeste ao negar-lhes acesso à Baía de Bengala. Membros associados ao regime fizeram repetidas ameaças, inclusive após os ataques de Pahalgam, de que Dhaka poderia até mesmo contemplar a anexação dos estados do Nordeste. Ex-militares organizaram manifestações em Dhaka no ano passado em apoio à demanda. Recentemente, Yunus estava em uma viagem a Pequim, onde mencionou que o Nordeste da Índia é "sem litoral" e Dhaka é o "único guardião do oceano para toda esta região". Sob o governo de Sheikh Hasina, a Índia concluiu pactos dando aos estados do Nordeste acesso à Baía de Bengala através do porto de Chittagong. Isso também visava aumentar as receitas de Bangladesh por meio dos royalties auferidos no porto pelo transporte de mercadorias indianas, lembraram pessoas familiarizadas com a dinâmica indo-bangladesh. Fontes afirmam que o plano sinistro do regime de Yunus e dos radicais liderados pelo pró-Paquistão Jamaat-e-Islami era criar distúrbios nos estados do nordeste. Por quase duas décadas, Bangladesh abrigou insurgentes do nordeste até que Hasina os entregou à Índia em 2009. Nos anos seguintes, empresas de Bangladesh avançaram para o nordeste e estabeleceram consulados. A Índia recebeu direitos de trânsito para o nordeste via Bangladesh, o que foi negado pelos governos liderados pelo BNP no passado. A posse do governo de Yunus também testemunhou cargas do Paquistão sendo descarregadas no porto de Chittagong pela primeira vez em mais de 50 anos. Há receios de que células do ISI sejam reativadas em Bangladesh no contexto dos crescentes laços militares do Paquistão com Bangladesh. Isso terá implicações transfronteiriças para os estados do nordeste. A Diretoria Geral de Comércio Exterior emitiu uma notificação no sábado à noite e decidiu impor restrições portuárias a exportações específicas de Bangladesh para a Índia em todas as estações alfandegárias terrestres (LCSs) ou postos de controle integrados (ICPs) em Assam, Meghalaya, Tripura e Mizoram e em Changrabandha e Fulbari no norte de Bengala.