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A Kodak alerta que pode não continuar operando. Veja o porquê.

A Kodak alerta que pode não continuar operando. Veja o porquê.

A Kodak está alertando que seu futuro nos negócios parece muito incerto.

A icônica empresa de 133 anos alertou na segunda-feira que há "dúvidas substanciais" sobre sua capacidade de continuar operando, pois pode não ter os recursos financeiros para cumprir com suas obrigações de dívida futuras, de acordo com um documento regulatório de 11 de agosto. O chamado alerta de continuidade operacional é um termo contábil que sinaliza o risco de uma empresa encerrar suas operações.

As ações da Kodak despencaram US$ 1,73, ou 26%, para US$ 5,05 na manhã de terça-feira. Procurado para comentar, um porta-voz da Kodak mencionou a declaração em seu documento regulatório.

O alerta é o mais recente acontecimento na célebre trajetória da empresa de fotografia, que inclui o lançamento de uma das primeiras câmeras para o consumidor final na década de 1880 e a produção em massa de rolos de filme para amadores e profissionais. Mas a Kodak teve dificuldades para se adaptar quando as câmeras digitais superaram as de filme a partir da década de 1990, o que levou à sua falência em 2012.

Sua atual crise financeira está atrelada a quase US$ 500 milhões em dívidas de curto prazo, além de mais de US$ 200 milhões em passivos previdenciários. No ano passado, a Kodak havia anunciado que encerraria seu plano de previdência para reduzir a dívida, segundo o Wall Street Journal.

O diretor financeiro David Bullwinkle disse em um comunicado que a Kodak deve ter "uma compreensão clara até 15 de agosto sobre como cumpriremos nossas obrigações com todos os participantes do plano".

Um momento Kodak

A Eastman Kodak, sediada em Rochester, Nova York, fundada pelo inventor George Eastman em 1892, produziu em massa as famosas câmeras Brownie e Instamatic, popularizando a fotografia como passatempo para gerações de americanos. Suas caixas de filme amarelas e vermelhas eram onipresentes em lojas de fotografia e outros varejistas.

Eastman disse que seu objetivo era "tornar a câmera tão conveniente quanto o lápis", de acordo com o site da Kodak.

Mas a Kodak enfrentou a concorrência de empresas japonesas, incluindo a Fujifilm, na década de 1990, bem como a mudança para a tecnologia digital, o que levou ao seu pedido de proteção contra falência em 2012.

A empresa acabou vendendo muitos de seus negócios e patentes, enquanto fechava a unidade de fabricação de câmeras que a tornou famosa. Um ano depois, seu plano de escapar da supervisão judicial foi aprovado.

Na época, a Kodak estava tentando se recriar como uma empresa nova e muito menor, focada em impressão comercial e de embalagens.

A Kodak está quase concluindo a construção de uma fábrica para criar produtos farmacêuticos regulamentados. A empresa já produz matérias-primas essenciais não regulamentadas para produtos farmacêuticos. A produção na unidade reformada está prevista para começar ainda este ano.

Aimée Picchi

Aimee Picchi é editora-gerente associada da CBS MoneyWatch, onde cobre negócios e finanças pessoais. Anteriormente, trabalhou na Bloomberg News e escreveu para veículos de notícias nacionais, como USA Today e Consumer Reports.

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