O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, diz que a recessão ainda está na mesa para os EUA
O titã de Wall Street Jamie Dimon disse na quinta-feira que uma recessão ainda é uma possibilidade séria para os Estados Unidos, mesmo após a recente revogação de tarifas sobre a China.
"Se houver uma recessão, não sei quão grande será ou quanto tempo durará. Espero que a evitemos, mas eu não a descartaria neste momento", disse o JPMorgan Chase. O CEO disse em uma entrevista à Bloomberg Television.
Especificamente, Dimon disse que se submeteria aos economistas de seu banco, que estimaram as chances de recessão em quase um empate. Michael Feroli, economista-chefe da empresa nos EUA, disse em nota aos clientes na terça-feira que a perspectiva de recessão "ainda é elevada, mas agora abaixo de 50%".
Os comentários de Dimon foram feitos menos de uma semana depois de os EUA e a China anunciarem que reduziriam drasticamente as tarifas entre si por 90 dias. Os EUA também implementaram uma pausa de 90 dias para muitas tarifas sobre outros países.
Os comentários de quinta-feira marcam uma mudança para Dimon, que disse no mês passado, antes da trégua na China, que uma recessão era provável .
Dimon também disse que ainda há "incerteza" em relação às tarifas, mas as pausas são positivas para a economia e o mercado.
"Acho que a coisa certa a fazer é deixar um pouco de lado essas coisas e iniciar uma conversa", disse Dimon.
Entretanto, mesmo com as pausas tarifárias, os impostos de importação sobre produtos que entram nos Estados Unidos estão agora muito mais altos do que eram no ano passado e podem causar danos econômicos, de acordo com Dimon.
"Mesmo nesse nível, você vê pessoas hesitando em investir e pensando no que querem fazer", disse Dimon.
— Michael Bloom, da CNBC, contribuiu com a reportagem.
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