Carney se reúne com o setor automotivo enquanto a guerra comercial de Trump se estende

O primeiro-ministro Mark Carney está se reunindo com os chefes da indústria automobilística canadense, enquanto aumentam as preocupações sobre o impacto contínuo das tarifas impostas pelos EUA
O setor vem enfrentando uma tarifa de 25% dos EUA sobre o próprio setor, além de uma taxa de 50% sobre aço e alumínio, materiais usados na fabricação de veículos.
No entanto, há exceções para componentes produzidos nos EUA
Carney se reunirá com representantes da Associação Canadense de Fabricantes de Veículos, Ford Canadá, Stellantis Canadá e GM Canadá durante as negociações na quarta-feira.

Brian Kingston, presidente e CEO da Associação Canadense de Fabricantes de Veículos, disse aos repórteres em breves comentários ao se dirigir à reunião que os mandatos de veículos elétricos sob as metas atuais, bem como uma série de outras políticas, "não são sustentáveis".
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou durante meses que os EUA não precisam de veículos fabricados no Canadá e apelou às montadoras para que transferissem toda a produção para os EUA.

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Trump e Carney estão atualmente negociando um acordo comercial com data prevista para 21 de julho.
Não se sabe neste momento qual seria o escopo de um possível acordo.
O impacto foi sentido no Canadá, com um relatório divulgado em abril pelo oficial de responsabilidade financeira de Ontário afirmando que a província — que abriga grande parte da indústria automobilística do Canadá — poderia entrar em uma recessão "modesta" devido às tarifas.
O relatório descobriu que o impacto dessas tarifas desaceleraria o crescimento de Ontário em 2025 e poderia levar a uma recessão modesta neste ano, permanecendo lento em 2026, embora o crescimento retornasse a pouco mais de um por cento.
O aumento dos números de desemprego em abril também indicou o impacto que as tarifas estavam tendo na economia.
Ontário sofreu a maior perda em abril, com 35.000 empregos perdidos, principalmente no setor de manufatura.
O Global News entrou em contato com várias montadoras e organizações que as representam, bem como com a Unifor, que representa os trabalhadores da indústria automobilística, para perguntar quantos empregos foram perdidos em decorrência das tarifas.
Em declarações à Global News, tanto a Stellantis quanto a General Motors disseram que não houve perdas de empregos devido às tarifas.
A Global Automakers of Canada, que representa a Toyota e a Honda, também disse que não houve perdas de empregos neste momento.
A Ford, a Associação Canadense de Fabricantes de Veículos e a Unifor não responderam até a publicação.
— com arquivos da The Canadian Press