Prefeito de Portland condena intervenção federal e afirma que vídeos de protestos contra o ICE são de anos atrás
O prefeito de Portland, Keith Wilson, rejeitou no sábado o plano do presidente Donald Trump de enviar tropas federais para a maior cidade do Oregon, alegando que não há ilegalidade ou violência lá.
Trump anunciou na manhã de sábado que planeja enviar tropas para Portland a pedido da secretária do Departamento de Segurança Interna, Kristi Noem.
O presidente disse que ordenou ao Secretário de Guerra, Pete Hegseth, que fornecesse "todas as tropas necessárias para proteger Portland, devastada pela guerra, e qualquer uma de nossas instalações do ICE sob cerco contra ataques da Antifa e outros terroristas domésticos", acrescentando que estava autorizando o uso de força total, se necessário.
Horas depois, Wilson disse durante uma entrevista coletiva que o número de tropas necessárias é "zero" em Portland, "e em qualquer outra cidade americana".
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"Esta é uma cidade americana", disse Wilson. "Não precisamos de nenhuma intervenção. Este não é um alvo militar."
O prefeito alegou que o presidente "não encontraria" ilegalidade ou violência na cidade, alegando que as imagens de vídeo mostrando a violência na cidade, de cinco anos atrás, foram "recicladas e depois recicladas novamente".
"Se o presidente Trump viesse a Portland hoje, o que encontraria seriam pessoas andando de bicicleta, praticando esportes, aproveitando o sol, comprando mantimentos ou produtos agrícolas em uma feira livre", disse Wilson. "Tivemos conversas difíceis e fizemos um trabalho importante nos anos desde que essas imagens foram gravadas; reformamos nosso sistema de segurança pública. Reorientamos nossa comunidade e nossa economia e redobramos nossos esforços para ajudar os mais vulneráveis."
Desde junho, protestos eclodiram perto de uma instalação do ICE em Portland , onde autoridades da cidade citaram violações de uso do solo, incluindo tempos de detenção inadequados para detentos e janelas fechadas com tábuas.
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O prédio foi vandalizado com pichações anti-ICE e confrontos entre manifestantes e agentes federais ocasionalmente se tornaram violentos, levando ao uso de balas de borracha, gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral.
Um vídeo obtido pela Fox News Digital confirmou outro protesto violento em agosto, com imagens mostrando manifestantes usando uma guilhotina, ateando fogo e brigando com as autoridades — forçando as autoridades a dispersar a multidão com munições.
Em vez de enviar tropas para proteger as instalações federais, Wilson sugeriu que o presidente enviasse "centenas de engenheiros, professores ou agentes de extensão" para Portland, em vez de uma "curta, cara e infrutífera demonstração de força".
"Estou profundamente decepcionado com a irresponsabilidade do governo federal", disse ele. "No fim das contas, isso pode ser uma demonstração de força, mas é só isso. É um grande espetáculo, e depois dele, todos vão para casa. É isso que eu quero que aconteça aqui hoje em Portland. Temos uma longa e orgulhosa tradição de protestos pacíficos. Temos um longo e orgulhoso histórico de estar na vanguarda de mudanças sociais positivas."
"Há novos riscos hoje, riscos que ainda não compreendemos completamente", continuou ele. "A administração se recusou a explicar o que quer dizer quando afirma que usará força total contra nossa cidade e nossos cidadãos."
Em seu anúncio no sábado, Trump não disse que usaria força total contra a cidade de Portland e seus cidadãos, como Wilson alegou.
O presidente disse que enviaria "todas as tropas necessárias" para proteger a cidade e suas instalações do ICE, autorizando o uso de força total contra o terrorismo doméstico "se necessário".
Portland, uma cidade santuário desde 2017, resistiu à fiscalização federal de imigração, tornando-se um ponto focal durante a iniciativa de fiscalização de imigração do governo.
Em agosto, a Procuradora-Geral Pam Bondi enviou uma carta a Wilson, alertando que as políticas de santuário da cidade prejudicam os interesses dos EUA. Ela exigiu que Portland reafirmasse o cumprimento da lei federal e pusesse fim às práticas que obstruem a fiscalização da imigração.
A cidade de Portland não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da Fox News Digital.
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