As empresas de Slim perdem 32 bilhões de pesos na bolsa de valores.

As ações das empresas do bilionário Carlos Slim, Grupo Carso, Inbursa e América Móvil, listadas na Bolsa Mexicana de Valores (BMV), caíram na terça-feira após a publicação de seus relatórios trimestrais de abril a junho deste ano.
Segundo analistas, os resultados do Grupo Carso e do Grupo Financiero Inbursa ficaram abaixo do consenso do mercado. Já a América Móvil superou as expectativas do mercado, impulsionada pela valorização cambial das moedas latino-americanas.
As ações da gigante das telecomunicações América Móvil caíram 1%, para 15,85 pesos por ação, marcando quatro quedas consecutivas.
Enquanto isso, as ações do Grupo Carso, conglomerado industrial do empresário, caíram 5,42%, para 132 pesos por unidade, marcando a segunda queda consecutiva. As ações da Inbursa caíram 2,97%, fechando em 48,94 pesos, marcando três dias no vermelho.
Juntas, as três empresas listadas na Bolsa Mexicana de Valores (BMV) perderam 32,186 bilhões de pesos em capitalização de mercado durante as negociações de terça-feira.
Resultados mistos
A empresa de telecomunicações América Móvil relatou um lucro líquido de 22,28 bilhões de pesos no segundo trimestre, superando as expectativas dos analistas.
A receita da empresa atingiu 233,79 bilhões de pesos no período, um aumento de 14% em relação ao ano anterior.
O fluxo de caixa operacional (EBITDA) da empresa aumentou 11% no segundo trimestre do ano, atingindo 92,41 bilhões de pesos.
Analistas da Monex Casa de Bolsa consideraram o relatório da América Móvil positivo, já que a empresa conseguiu manter um ritmo favorável de adição de novos assinantes móveis, bem como um controle resiliente de custos e despesas operacionais.
Eles afirmaram que, até 2025, "será importante avaliar o progresso na geração de estratégias que gerem valor aos investidores, bem como o desempenho econômico tanto local quanto internacional", detalharam em uma análise.
A Inbursa teve um segundo trimestre memorável, principalmente porque registrou um lucro líquido de 9,365 bilhões de pesos, um valor que representou uma queda anual de 9,8%.
"Os resultados da instituição financeira são majoritariamente negativos e abaixo das expectativas de consenso. Embora mantenha o crescimento geral de sua carteira, há pressões nos níveis operacional e líquido. Vale ressaltar que ela enfrenta uma taxa básica de juros mais baixa e bases de comparação elevadas", escreveram os especialistas do Bx+.
"A financeira apresentou um relatório trimestral fraco. Embora mantenha crescimento sustentado em sua carteira de crédito, observamos menor receita de juros e contração na receita não financeira, com maior pressão das provisões de crédito devido ao aumento de sua carteira em Estágio 2; no entanto, sua taxa de inadimplência permanece resiliente", explicaram.
O Grupo Carso relatou uma queda na receita como resultado de um declínio de 29% em projetos de infraestrutura e construção, devido à menor quantidade de projetos e à conclusão de grandes projetos.
Isso ofuscou o progresso feito nas divisões do Grupo Sanborn, Elementia/Fortaleza, Carso Energy e Grupo Condumex.
"A queda nas vendas foi causada pela fraqueza da Carso Infraestrutura e Construção. As demais subsidiárias se beneficiaram da melhora na dinâmica de volumes, eventos promocionais e uma taxa de câmbio favorável", observaram os especialistas da Valmex Casa de Bolsa. Para o segundo semestre, a Carso manterá a tendência positiva nos segmentos Elementia e Condumex.
Eleconomista