Esta é a decisão da Superintendência Financeira sobre a fusão do Davivienda e do Scotiabank.

A Superintendência Financeira já tomou uma decisão sobre o processo de fusão entre Davivienda e Scotiabank, transação que foi anunciada no início deste ano (6 de janeiro) e que permitirá a integração das operações da entidade canadense na Colômbia, Panamá e Costa Rica com as da Casita Roja nessas mesmas jurisdições.
A decisão da autoridade financeira colombiana se soma à dos reguladores de El Salvador, e espera-se que decisões de outras jurisdições, como Panamá e Costa Rica, sejam anunciadas nas próximas semanas, permitindo avançar nesta transação, que até o momento é uma das maiores do país.
Em El Salvador, as autoridades reguladoras já aprovaram a fusão , enquanto na Colômbia, a Superintendência de Finanças também decidiu dar luz verde aos conselhos de ambos os bancos para continuar com o processo, que deverá ser concluído antes do final de 2025.
Foi o que confirmou ao EL TIEMPO César Ferrari, Superintendente Financeiro, após afirmar que aguarda apenas um conceito para comunicar sua decisão às entidades.
" Já aprovamos", comentou o dirigente, ressaltando que não vê problema no negócio, que considerou "saudável e razoável para o mercado e a concorrência" necessária para que o setor financeiro alcance maior aprofundamento, objetivo que a Superintendência da Fazenda vem buscando há mais de dois anos.

César Ferrari, Superintendente Financeiro, que já aprovou a fusão do Davivienda e do Scotiabank. Foto de : El Tiempo
Embora a integração das operações dos dois bancos ocorra apenas na Colômbia, Panamá e Costa Rica, também é necessária a aprovação das autoridades de El Salvador e Honduras, já que o Davivienda também tem operações lá, mas não o Scotiabank.
O negócio Vale lembrar que o acordo aprovado pelas partes permitirá que o Scotiabank se torne acionista da Davivienda, com uma participação aproximada de 20% e representação em seu Conselho de Administração.
Em entrevista ao EL TIEMPO, Francisco Aristeguieta, um dos principais atores do Scotiabank no processo de integração com o Banco Davivienda, afirmou na época que, uma vez finalizada a transação, o valor contábil dessa participação será de US$ 1,2 bilhão.
E acrescentou: "Passada essa fase, haverá benefícios significativos para os nossos clientes, com uma proposta de valor e serviço, onde há ferramentas adicionais, então tudo isso é algo que os cerca de 26 milhões de clientes que a entidade integrada terá verão como positivo. Será uma transição muito positiva, na qual, no primeiro ano do processo, construiremos esses novos benefícios, depois virá uma plataforma de investimentos, claro, para nos consolidarmos nos produtos em que a integração nos dará automaticamente uma posição de liderança . Há uma boa oportunidade de investimento e desenvolvimento de capacidades, onde trabalharemos juntos para alcançá-la."

Francisco Aristeguieta, Chefe de Banco Internacional do Scotiabank. Foto: Scotiabank Canadá
Com a fusão, os ativos da Davivienda devem atingir quase US$ 60 bilhões, representando um aumento de 40% em suas operações totais. Na Colômbia, a expectativa é de um crescimento de 30% nos ativos, enquanto na Costa Rica e no Panamá, os aumentos estimados são de 90% e 180%, respectivamente.
Essa mudança reforça a estratégia de diversificação geográfica da Casita Roja, que mantém 70% de seus ativos no país e 30% na América Central. Hoje, Davivienda e Scotiabank atendem 27,4 milhões de clientes nos mercados em que operam.
Outro desdobramento dessa operação envolve a criação de uma entidade que lideraria o negócio de cartões de crédito na Colômbia, entre outras coisas, porque o negócio inclui o acordo que o Scotiabank Colpatria tem com a empresa de cartões de crédito Codensa.
Assim, a Davivienda passará do quarto lugar nesse mercado, onde possui 1,54 milhão de cartões emitidos, para o primeiro lugar, com mais de 3,14 milhões. Atualmente, esse mercado é liderado pelo Bancolombia, com quase 2,43 milhões de cartões de crédito ativos até o final de abril de 2025. O Banco Falabella vem em seguida, com 1,74 milhão, o Colpatria em terceiro, com 1,6 milhão, e o Banco de Bogotá em quinto, com 1,17 milhão de cartões, segundo dados da Superfinanciera (Superintendência de Finanças).
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