Grupo financeiro declara que México terá crescimento zero em 2025

Analistas do grupo financeiro Monex alertaram esta quarta-feira que O país caminha para uma desaceleração económica sustentada com "crescimento praticamente zero" este ano .
"Embora, por enquanto, (o México) tenha evitado uma recessão técnica (…) no primeiro trimestre deste ano, as expectativas ainda não são tão positivas para 2025. O consenso do mercado é esperar um crescimento do PIB de apenas 0,1%, o que basicamente implicaria uma estagnação da economia ", explicou Janeth Quiróz Zamora, Diretora de Análise Econômica, Cambial e de Mercado de Ações da Monex.
Em uma coletiva de imprensa, Quiroz observou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mexicano pode ser mínimo este ano, de acordo com suas previsões.
Leia também: 12 túneis de alto risco detectados durante tempestades em GuadalajaraO gerente de análise da Monex, José Roberto Solano Pérez, acrescentou que essa situação não equivale a uma recessão tradicional, mas sim a um ambiente em que "as empresas enfrentam desafios significativos diante de um crescimento praticamente zero".
"Alguns especialistas falam em recessão. Estamos mudando essa visão mais para uma questão de fragilidade econômica, tanto nos Estados Unidos quanto no México, e isso pode obviamente se traduzir em desafios muito significativos para as empresas americanas", acrescentou Solano.
Os analistas, por sua vez, afirmaram que O retorno das políticas protecionistas dos Estados Unidos mudou o cenário econômico global , em meio a uma guerra tarifária e à disputa sobre cadeias de suprimentos entre grandes potências como os EUA e a China.
Recomendamos: Mercados dos EUA caem devido ao plano tributário de Donald TrumpNeste contexto, Quiroz destacou que o México se posiciona como um ator estratégico graças ao Acordo Comercial EUA-México-Canadá (USMCA) , um acordo que concede tarifa zero a 49% das exportações mexicanas para os Estados Unidos.
Nesse sentido, o especialista destacou que uma revisão antecipada do USMCA seria positiva, pois significaria "uma luz no fim do túnel" que daria segurança aos mercados na hora de pensar no médio e longo prazo.
"O fato de a revisão e as negociações estarem sendo antecipadas, e de já estarmos falando sobre termos que levarão a um acordo de médio prazo, ou pelo menos para os próximos anos, é positivo", comentou o diretor da Monex.
Quiroz observou que isso atenuaria um período de incerteza que tem sido "muito prejudicial", especialmente porque "manteve os investimentos paralisados, com muitas incertezas para os consumidores".
O analista concluiu que a possibilidade de antecipar a revisão para o segundo semestre de 2025, conforme previsto pelo secretário da Economia, Marcelo Ebrard, inclusive ajudou na valorização do câmbio.
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