Índia: a quarta maior economia do mundo em ascensão

A Índia ultrapassou o Japão e se tornou a quarta maior economia do mundo , com seu Produto Interno Bruto (PIB) ultrapassando US$ 4 trilhões. O país está consolidando sua posição como a economia de maior crescimento global, com projeções de expansão sustentada.

Errol Musk, pai do empreendedor Elon Musk, afirmou que a Índia "já é uma potência mundial" e elogiou a liderança do primeiro-ministro Modi. Este comentário, embora anedótico, reflete uma crescente percepção internacional da ascensão econômica da Índia. O país ultrapassou o Japão e se tornou a quarta maior economia do mundo, com um PIB superior a US$ 4 trilhões. A Índia mantém sua posição como a economia de maior crescimento do mundo, com projeção de crescimento acima de 6% ao ano nos próximos dois anos. As estimativas atuais preveem que o PIB da Índia atingirá US$ 5,58 trilhões até 2028, ultrapassando a Alemanha e se tornando a terceira maior economia do mundo.

Essa narrativa consistente sobre a ascensão econômica da Índia indica claramente um crescimento significativo e sustentado. Seu dinamismo oferece uma contranarrativa à desaceleração econômica observada na China e à volatilidade em outros mercados asiáticos devido às guerras comerciais. Essa ascensão provavelmente se traduzirá em maior influência geopolítica e em um papel mais proeminente na governança econômica global. Para as empresas, a Índia representa um mercado enorme e crescente, bem como um potencial polo industrial, especialmente à medida que as empresas buscam diversificar suas cadeias de suprimentos para além da China.

A Índia está implementando uma política industrial estratégica para atrair investimentos estrangeiros e incentivar a produção nacional, especialmente em setores voltados para o futuro, como o de veículos elétricos (VEs). Montadoras globais, como Mercedes-Benz, Volkswagen, Skoda, Hyundai e Kia, manifestaram formalmente interesse no plano indiano de promover a fabricação de carros elétricos de passeio. O plano de fabricação de VEs exige que os fabricantes de equipamentos originais (OEMs) invistam pelo menos US$ 500 milhões em três anos e alcancem 25% de agregação de valor doméstico em três anos, aumentando para 50% no quinto ano.

O fato de grandes montadoras globais estarem interessadas, mas a Tesla não estar atualmente interessada em fabricar na Índia, indica que o país está sendo seletivo e definindo termos claros para acesso ao mercado. A decisão da Continental Tyres de encerrar a fabricação de pneus radiais para caminhões e ônibus na Índia até junho de 2025, concentrando-se exclusivamente na produção de pneus para automóveis de passeio e veículos comerciais leves, ilustra ainda mais a dinâmica competitiva da Índia e seu foco em segmentos específicos de alto crescimento.

Isso sugere uma política industrial sofisticada voltada para a ascensão na cadeia de valor e a construção de autossuficiência, em vez de simplesmente atrair investimentos estrangeiros. Isso implica que empresas estrangeiras que desejam entrar ou expandir-se no mercado indiano precisarão se alinhar aos objetivos estratégicos da Índia para a produção nacional e a transferência de tecnologia. Essa abordagem pode levar a uma base industrial nacional mais forte e resiliente, mas também pode gerar atritos com empresas que não desejam ou não conseguem cumprir os rigorosos requisitos de conteúdo local.