Taxa antidumping reduzirá exportações mexicanas de tomate para os EUA em 7,9%

A cota antidumping reduzirá as exportações mexicanas de tomate para o mercado dos EUA em 7,9% em valor e 5% em volume em 2025, de acordo com uma projeção do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Com isso, esses embarques cairão para US$ 2,98 bilhões e 1,83 milhão de toneladas.
O USDA projeta que a retirada anunciada do Acordo de Suspensão do Tomate e a imposição de uma taxa antidumping de 20,91% sobre quase todas as exportações mexicanas de tomate para os Estados Unidos a partir de 14 de julho de 2025 reduzirão as exportações mexicanas à medida que produtores e exportadores se ajustam aos custos mais altos e à incerteza do mercado.
Ao mesmo tempo, espera-se que os exportadores busquem mercados onde seus produtos se beneficiem de tarifas baixas ou nulas, principalmente para a safra de outono-inverno, a fim de compensar as tarifas sobre os tomates exportados para os Estados Unidos.
Dados do Ministério da Economia mostram que as exportações totais de tomate do México em 2024 foram de 2,06 milhões de toneladas, avaliadas em US$ 3,34 bilhões. Apesar dos desafios de produção e exportação, a demanda permanece estável tanto no mercado doméstico quanto no internacional.
De acordo com o USDA, a expansão contínua da agricultura protegida, incluindo estufas, casas de sombra e sistemas baseados em substrato, ajudou a manter altos rendimentos médios, amenizando o que poderia ter sido um declínio mais acentuado na produção geral.
Os Estados Unidos continuam sendo o principal mercado de exportação de tomate do México, com uma participação de 93%. A projeção é de que as exportações mexicanas totais atinjam 1,96 milhão de toneladas métricas em 2025, com um valor de US$ 3,2 bilhões.
Além disso, o USDA projeta que a implementação programada do imposto antidumping resultará em redução de investimentos e plantio por produtores de tomate voltados para exportação, principalmente durante o ciclo de produção de outono-inverno, quando os volumes de exportação são normalmente mais altos.
Suas previsões também incluem a produção de tomate do México para 2025 em 3,1 milhões de toneladas métricas, uma queda de 3% em relação a 2024, principalmente devido à escassez de água e às flutuações de temperatura que limitam a produção nas regiões do norte, particularmente em Sinaloa, o principal estado produtor de tomate do país.
A produção de tomate diminuiu 1% em 2024 devido à seca, para 3,19 milhões de toneladas métricas, em comparação com 3,22 milhões de toneladas métricas em 2023.
De acordo com o governo mexicano, o consumo anual per capita de tomate no México permanece estável em 12,7 quilos por pessoa. O tomate continua sendo o vegetal mais consumido pelos mexicanos, apesar do aumento de preço em 2024 causado pelas condições climáticas que afetaram a produção durante os meses de verão.
Os tomates fazem parte da cesta básica dos lares mexicanos. São consumidos frescos e em molhos, sopas, ensopados e pratos principais. São usados para equilibrar a doçura e a acidez de diversos pratos em todo o país.
Eleconomista