“Vamos morrer nas estradas”: o severo alerta do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários após o fechamento do Departamento de Estradas

A Secretária-Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários e Afins (STVyARA), Graciela Aleñá , criticou o presidente Javier Milei e seu governo após o anúncio do desmantelamento daAdministração Nacional de Rodovias (DNV). Aleña questionou o governo nacional pela dissolução do órgão e criticou a concepção da Agência de Controle de Concessões e Serviços de Transporte Público, o departamento que a substituirá.
" Vamos todos morrer nas estradas da Argentina; é uma vergonha", enfatizou a sindicalista após a coletiva de imprensa concedida pelo porta-voz presidencial Manuel Adorni e pelo Ministro da Desregulamentação e Transformação do Estado, Federico Struzenegger. " Eles mentem sobre nossas responsabilidades e elaboraram este decreto para fazer negócios, assim como fizeram com o Imposto sobre Combustíveis, que escandalosamente desviaram para outros fins que não as estradas ", denunciou.
O sindicalista criticou a decisão do Governo Nacional, chamando-a de "profundamente ideológica" e afirmando que "faz parte de um plano para enxugar o Estado ao máximo, invadindo estruturas fundamentais para seu desenvolvimento com o argumento de falta de eficiência". Aleña também questionou a distribuição de verbas estatais e afirmou que a dissolução do Departamento de Estradas "aponta para um papel maior das Forças Armadas no setor". " É uma mensagem clara de repressão e novas estruturas empresariais dentro das forças ", afirmou.
Segundo o líder do STVyARA, o decreto que será publicado em breve pelo governo significará a demissão de 5.500 trabalhadores e o abandono de 118 rodovias nacionais e mais de 40.000 quilômetros de estradas sem manutenção. Nesse sentido, Aleña apelou aos governadores para que se oponham ao decreto.
Em outra parte de sua declaração, a sindicalista atacou o Ministro da Desregulamentação, chamando-o de "capanga de Milei", e acrescentou: "Há pessoas más, inescrupulosas no governo, com uma enorme falta de conhecimento técnico". Aleña também alertou que os ativos de infraestrutura "serão liquidados pela agência imobiliária AABE". "É para isso que eles servem, para fazer negócios com os ativos de todos os argentinos", enfatizou.
Por fim, sobre o anúncio da criação do novo órgão regulador, a Agência de Controle de Concessões e Serviços de Transporte Público , ele afirmou: "A nova agência estará atrelada a uma lógica político-fiscal, e não técnica ou federal. Será uma nova forma de driblar a fiscalização parlamentar e suprimir direitos trabalhistas, ao obscurecer o atual arcabouço institucional."
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