É assim que se apresenta a escalação inicial da presidência, um ano antes do primeiro turno das eleições de 2026: quem está dando os primeiros passos?

Faltando 12 meses para o primeiro turno das eleições presidenciais, pelo menos 15 figuras importantes da história do país anunciaram oficialmente sua intenção de concorrer à Casa de Nariño. No entanto, em meio a essa campanha tão esperada e cada vez mais intensa, mais nomes começam a ser mencionados.
O foco principal desta semana serão os funcionários públicos que devem renunciar antes de 31 de maio, caso contrário, serão desqualificados de participar das eleições. Eles são o ministro da Saúde, Guillermo Alfonso Jaramillo, e Carlos Amaya, governador de Boyacá. Ambos expressaram a intenção de concorrer à Presidência, mas o tempo está se esgotando para que eles decidam.

Governador de Boyacá, Carlos Amaya Foto: Captura de tela retirada do vídeo @CarlosAmayaR
Jaramillo, uma das vozes mais radicais do governo do presidente Gustavo Petro, aguarda a benção do chefe de Estado para concorrer à aprovação do Pacto Histórico, que Gustavo Bolívar, María José Pizarro, Carolina Corcho e Susana Muhamad buscam atualmente. Apenas Bolívar, que reconheceu em entrevista a este jornal não ser o candidato que o presidente gostaria, manifestou oficialmente sua intenção de suceder Petro.
Amaya, por sua vez, seria o homem do seu partido, a Aliança Verde, que, após a renúncia de Claudia López, ficou sem um candidato forte para disputar as eleições de 2026. Mas ainda não está claro se a lei lhe permitiria participar como governador de Boyacá nas eleições presidenciais, e vários especialistas têm sérias dúvidas se ele já não está desqualificado. Também será um debate jurídico.
As principais figuras do Pacto Histórico concordaram esta semana que buscarão um nome por meio das consultas partidárias de outubro, que será submetido às eleições interpartidárias de março. A ideia é formar uma frente ampla. Esse nome, por enquanto, estaria entre Bolívar, Pizarro, Corcho, Muhamad e, eventualmente, Jaramillo, que buscam ser "aquele que diz Petro". Quem vencer essa disputa enfrentará nas eleições interpartidárias quem sair vitorioso em uma consulta dentro da Aliança Verde — Jota Pe Hernández também anunciou que buscará o apoio de seu partido — junto com alguém de um setor mais centrista que esteja próximo deste governo.

Roy Barreras, ex-senador e ex-embaixador. Foto: EL TIEMPO
Roy Barreras, que já se demitiu da embaixada em Londres e está autorizado, entraria em cena ali; o ex-embaixador em Buenos Aires Camilo Romero; e até mesmo o ex-ministro do Interior, Juan Fernando Cristo. Nenhum deles anunciou oficialmente suas aspirações, mas fizeram várias ações que sugerem isso. Também se encaixaria aí Luis Gilberto Murillo, que após sua discreta gestão no Itamaraty quer testar sua força política.
O terceiro ator dessa ampla frente seria outro setor da esquerda que se afasta do partido único e do Pacto Histórico. Isso inclui Francia Márquez, Carlos Caicedo, Daniel Quintero e até mesmo o ex-ministro Luis Carlos Reyes, que tem batido nessas portas. Mas para chegar ao referendo de março, há uma condição: que o petrismo resolva suas disputas internas, como a guerra entre Bolívar e Pizarro.
O centro está cheio de desconfiança. A Coalizão da Esperança, que reuniu vários partidos e lideranças há quatro anos, não deixou as melhores experiências. Embora existam abordagens, não há nada de concreto sobre um referendo, mas a campanha está apenas começando. Sergio Fajardo, o vencedor dessa coalizão, já está se movimentando, assim como Juan Manuel Galán. Ambos já levantaram a mão e até fizeram uma reunião só para conversar, na qual não houve acordo. Mas a maior expectativa gira em torno de Claudia López, que ainda não anunciou sua candidatura presidencial, embora ela já esteja em andamento.

Ex-prefeita de Bogotá Claudia López. Foto: Claudia López Press
Há também outras movimentações previstas no processo, como a do ex-ministro Mauricio Cárdenas, que deve entrar na briga nas próximas semanas.
O primeiro a iniciar o processo de seleção de seu candidato foi o Centro Democrático. María Fernanda Cabal, Paola Holguín, Paloma Valencia, Andrés Guerra e Miguel Uribe estão em processo de definição de quem será o candidato do partido. A ideia é que ele seja finalizado ainda este ano, mas ainda não há acordo sobre o mecanismo. O outro partido de direita, o Cambio Radical, ainda espera que Germán Vargas Lleras anuncie sua decisão de concorrer à presidência. Este ano, o ex-vice-presidente tem se dedicado à saúde, passando por diversas cirurgias, além de cuidar do neto, que nasceu há dois meses.
Há expectativa por movimentos no Partido U, no Partido Liberal e no Partido Conservador. Esses grupos tiveram várias abordagens, e o ex-presidente César Gaviria, líder do Partido Liberal, está por trás de uma grande estratégia para permitir que os chamados partidos tradicionais retornem ao poder. Por enquanto, só existem movimentos do liberalismo. O ex-governador Héctor Olimpo Espinosa já levantou a mão, assim como o senador Mauricio Gómez Amín.

Vicky Dávila, candidata presidencial da Colômbia em 2026. Foto: Milton Diaz/El Tiempo
Da mesma forma, alguns setores liberais pediram ao senador Miguel Ángel Pinto que considerasse uma candidatura. Ele está pensando sobre isso. Dentro do Partido Conservador, há quem esteja apoiando o presidente do Congresso, senador Efraín Cepeda. Mas, externamente, não há grandes movimentos na comunidade.
A candidatura da jornalista Vicky Dávila continua ganhando força, como refletem as pesquisas. Por enquanto, ele não parece estar fazendo alianças. O ex-senador e ministro David Luna, o ex-prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa e o empresário Santiago Botero também anunciaram suas aspirações presidenciais. Mais inscrições devem ser lançadas na próxima semana, quando começa o período de coleta de assinaturas, proporcionando uma boa oportunidade para os candidatos. Dávila e Luna estão nesse pacote.
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O governo do presidente Petro apresentou um novo referendo Foto:
Editor adjunto da seção política
eltiempo