O estabelecimento de uma Zona de Implantação Temporária para a Frente 33 em Tibú está atrasado devido ao trabalho de desminagem.

Após dias sem informações sobre o acordo que cria uma Zona de Localização Temporária para concentração de tropas contra 33 dissidentes das FARC , a delegação de paz do governo indicou que o atraso em sua instalação está ligado à identificação de minas na área acordada.
Vale lembrar que o prazo de 45 dias anunciado pelo governo nacional na Resolução 161 de 2025 para a criação da zona — acordado em maio deste ano — expirou na última segunda-feira.
"Durante a fase de preparação, identificamos a necessidade de aumentar os esforços de desminagem na área designada para a ZUT e áreas adjacentes para garantir as condições de segurança necessárias para a movimentação da comunidade, servidores públicos, organizações internacionais, escoltas e fiadores, forças de segurança e membros da 33ª Frente, bem como para outras atividades que permitam seu bom funcionamento", informou a delegação em um comunicado à imprensa.
O comunicado também afirma que, uma vez concluídas as fases de desminagem e preparação, serão iniciados os trabalhos de estabelecimento da zona, que permanecerá em vigor por sete meses.
“Durante este período, a Mesa de Diálogo de Paz vem conduzindo o processo de divulgação da ZUT junto às comunidades e suas organizações, incluindo o povo Barí e suas autoridades, as Mães de Catatumbo e organizações camponesas”, acrescentaram.
De acordo com a Resolução 161, o objetivo da zona é facilitar a transição dos combatentes para a vida civil dentro do período de sete meses mencionado, bem como permitir a implementação de programas abrangentes nas áreas de segurança, justiça, substituição de economias ilícitas, atendimento a menores separados, reparação às vítimas e desminagem humanitária.
A resolução também prevê a suspensão de mandados de prisão (incluindo mandados de extradição) para membros do grupo armado enquanto eles se deslocam em direção à ZUT.
Mas, além do anúncio desta segunda-feira, o pouco que se sabe sobre a área se deve às condições estabelecidas pela Lei 2272 (a lei da "paz total"), como o fato de que não pode ser estabelecida em áreas urbanas e que nelas deve ser garantido o exercício normal e pleno do Estado de Direito; ou seja, não serão zonas desmilitarizadas.
O Ministro da Defesa, Pedro Sánchez, também não forneceu mais detalhes sobre o andamento do estabelecimento da zona, além de afirmar que as negociações com o grupo dissidente estão avançando. "Estamos apenas aguardando as conclusões a que chegarem para garantir, nos termos da Constituição e da lei, toda a segurança necessária para que esses grupos possam caminhar rumo à paz", afirmou na última quinta-feira.
CAMILO A. CASTILLOEditor PolíticoX: (@camiloandres894)
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