O Governo publicou o novo calendário de emissões para refinanciar a dívida do Tesouro

O Ministério da Economia anunciou o novo cronograma de emissão de títulos do Tesouro Nacional , com o objetivo de refinanciar a dívida de forma sustentável. Essa estratégia busca dar maior segurança aos investidores e faz parte do processo de estabilização promovido pelo Governo , como parte de seu compromisso com o déficit zero.
Segundo fontes oficiais, o novo esquema inclui leilões quinzenais com descrição clara dos instrumentos a serem ofertados. Entre eles, destacam -se as LECAPs prefixadas com vencimentos de 1, 2 e 3 meses. Além disso, serão leiloados títulos com vencimentos superiores a um ano em diversos formatos, como CER , TAMAR , indexados ao dólar e dólar forte .
Essas medidas fazem parte do plano do Tesouro para melhorar o perfil de vencimentos, reduzir o peso da dívida sobre o PIB e gerar condições macroeconômicas mais previsíveis. Segundo o Ministério, o apoio do mercado demonstra confiança no processo de desinflação.
Desde dezembro de 2023, a dívida consolidada com entidades privadas e organizações internacionais aumentou de 100% do PIB para 39,5% em março de 2025. O prazo médio da dívida em pesos também foi estendido, de um dia para doze meses.
Outro dado relevante é que a dívida indexada , que antes dominava as emissões, agora representa apenas 10%. Isso, segundo o Ministério da Economia, reflete maior estabilidade e um contexto mais favorável ao aprofundamento do programa financeiro.
Em 17 de julho, vencerão as Notas Fiscais de Liquidez (LEFI), criadas para facilitar a liquidação dos passivos remunerados do BCRA. Nesse contexto, o governo as trocará por um conjunto de LECAPs listadas no mercado secundário , buscando assim aprimorar a gestão da liquidez e dos vencimentos.
Outra novidade é que as subscrições em dólar estarão disponíveis para títulos com vencimento superior a um ano, até um valor mensal de US$ 1 bilhão. Isso estará disponível para residentes e não residentes, sem vencimento mínimo para aqueles que operam por meio da MLC ou em aplicações primárias do Tesouro.
Os instrumentos emitidos terão um volume mínimo que garanta sua circulação no mercado secundário. Além disso, o BCRA reserva-se o direito de intervir quando julgar necessário para garantir o bom funcionamento do mercado de capitais.
"Com essas medidas, o Tesouro avança em direção à sua meta de refinanciar suas obrigações a taxas sustentáveis", enfatizou o Ministério. Ressaltou também que o perfil de vencimento continuará sendo alongado e a participação da dívida no PIB será reduzida, fortalecendo assim um quadro de previsibilidade e sustentabilidade macroeconômica.
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