Dez palácios reais que deslumbram os viajantes

Como muitos turistas buscam ampliar suas experiências de vida e visão de mundo visitando locais culturalmente significativos, explorar palácios históricos pode ser uma boa maneira de ampliar os horizontes mentais e sociais durante a viagem, de acordo com a plataforma britânica Reboot Online (RO).

Cerca de metade de todas as pessoas que tiram pelo menos uma férias por ano optam por viajar para o exterior, enquanto uma porcentagem crescente de viajantes está seguindo a tendência de "o ano todo", visitando outros países fora dos períodos de pico turístico, de acordo com a associação de agentes de viagens Abta (www.abta.com).

Nesse contexto, os palácios antigos são lugares que geram grande interesse entre os viajantes , como refletem as avaliações em plataformas especializadas como o TripAdvisor, buscas na internet, hashtags no Instagram e pins no Pinterest, segundo a RO.

Ao longo da história e em todas as civilizações, os palácios foram residências de monarcas, governantes e outros membros de famílias reais, bem como de indivíduos ricos e membros do alto clero, de acordo com fontes enciclopédicas.

Essas suntuosas e enormes mansões e casas senhoriais, construídas como uma demonstração de riqueza, poder e autoridade e para servir como símbolos da dinastia governante, foram construídas, mobiliadas e decoradas de acordo com o gosto artístico mais exigente e o mais alto luxo de sua época.

Os palácios europeus, que serviam para fins residenciais e para sediar cerimônias oficiais, reuniões políticas e receber convidados, foram palco de eventos políticos, sociais e econômicos de importância histórica, como os ocorridos no Palácio de Versalhes, na França, que durante a revolução de 1789 foi tomado pelo povo, tendo o rei Luís XVI e sua família sido obrigados a retornar com os manifestantes para Paris, num acontecimento que marcou um marco no âmbito da Revolução Francesa.

Além disso, muitos palácios abrigavam importantes coleções de arte e outros artefatos culturais e sediavam concertos musicais, apresentações teatrais e outros eventos artísticos.

Nos tempos modernos, muitos palácios antigos foram transformados em museus, edifícios governamentais e até hotéis de luxo, e agora esses edifícios lindos, luxuosos e espetaculares são importantes marcos históricos e culturais, visitados por milhões de pessoas todos os anos.

Os especialistas do Reboot Online compilaram uma lista dos 10 palácios reais mais famosos, com base em sua popularidade nas mídias sociais, sites de avaliação e pesquisas na internet, a maioria dos quais está localizada na Europa.

Com 2.300 cômodos e 63.154 metros quadrados, o Palácio de Versalhes (Versalhes, França) é um dos maiores do mundo. Declarado Patrimônio Mundial, é um exemplo da arte francesa do século XVII.

Originalmente, era um pavilhão de caça de Luís XIII e foi transformado por seu filho, Luís XIV, para transferir seu governo para lá.

A Propriedade Real de Versalhes abrange uma área de 800 hectares, dos quais 77 abrigam jardins com 220 esculturas, 55 fontes e lagos. Além disso, o Grand e o Petit Trianon, dois palácios de uso pessoal da família real, também estão localizados.

Versalhes foi a residência real até a Revolução Francesa (1789) e hoje funciona como um museu.

O Palácio de Inverno (São Petersburgo, Rússia) foi a residência oficial dos czares de 1732 a 1917. É um edifício em estilo barroco que hoje abriga o Museu Hermitage. O edifício tem uma fachada de 150 metros e mais de 1.700 portas e 1.900 janelas, além de aproximadamente 1.500 cômodos.

Ao longo dos anos, o palácio desempenhou um papel fundamental na história russa. Por exemplo, em 1905, foi palco do massacre do Domingo Sangrento e, após a Revolução de Fevereiro de 1917, serviu como sede do Governo Provisório Russo. No mesmo ano, o palácio foi atacado pelo Exército Vermelho, um momento decisivo no nascimento do Estado soviético.

A Alhambra (Granada, Espanha) foi o maior centro político e aristocrático do Ocidente muçulmano, e foi uma cidade palatina, uma casa real cristã, a capitania geral de Granada e uma fortaleza militar.

Durante os séculos XIII e XV, a Alhambra foi a residência dos sultões e altos funcionários nasridas, servidores da corte e soldados de elite. Após 1492, a Alhambra foi estabelecida como Palácio Real, dentro da estrutura do reinado católico; e com a revolução de 1868, foi separada da Coroa e passou para o controle do Estado, sendo declarada monumento nacional em 1870.

A Alhambra é composta por um complexo de edifícios, pátios retangulares, jardins — com avenidas arborizadas — e fontes . Uma das estruturas mais importantes é a Torre Vela, que oferece uma das vistas mais bonitas do palácio; o Pátio de los Leones e sua fonte também são destaques.

O Palácio de Buckingham (Londres, Reino Unido), um dos poucos palácios reais ativos , é reconhecido como a casa da monarquia britânica, o foco de celebrações nacionais e reais e o palco da tradicional cerimônia de Troca da Guarda.

Os suntuosos aposentos deste palácio, que já sediou eventos históricos que vão de batizados reais a visitas de líderes mundiais, são decorados com tesouros da coleção real, como pinturas de Rembrandt, Rubens e Canaletto. Quando inaugurada no verão, a exposição do Palácio de Buckingham oferece uma visão fascinante da vida da família real.

Topkapi (Istambul, Turquia) foi a residência imperial dos sultões otomanos, uma construção monumental que serviu de lar por mais de 400 anos. Este palácio possui quatro pátios e vários edifícios internos (sala de armas, estábulos e cozinhas reais, tesouro, harém, edifício de armas, pavilhão com relíquias sagradas, entre outros). O tesouro abriga alguns dos objetos mais valiosos do mundo, como o Diamante do Colhereiro (aproximadamente 86 quilates) e a Adaga de Topkapi (com punho de ouro e grandes esmeraldas).

A lista dos dez palácios reais é completada pelos palácios de Schönbrunn (Viena, Áustria), o Palácio Real de Madri (Madri, Espanha), o Dolmabahçe (Istambul, Turquia), a Cidade Proibida (Pequim, China) e Mysore (Mysore, Índia).

RICARDO SEGURA - REPORTAGENS DA EFE