Lei Duplomb: Petição abala políticos

A petição contra a lei Duplomb já coletou mais de um milhão e meio de assinaturas e, portanto, pode ser objeto de debate público na Assembleia Nacional.
Este texto é um trecho da transcrição da reportagem acima. Clique no vídeo para assisti-lo na íntegra.
Uma petição com mais de um milhão e meio de assinaturas: a oposição à lei Duplomb está crescendo e causando reações, a começar pelo próprio autor do texto. "Quando se demoniza e se assusta as pessoas, por definição, só se pode ter esse resultado", declarou Laurent Duplomb. O senador republicano pode contar com o apoio do vice-presidente de seu partido. O futuro da agricultura francesa dependeria dessa lei.
"A única maneira de harmonizar em nível europeu e não onerar os agricultores franceses é justamente autorizar, mesmo que temporariamente, o que outros países europeus aceitam", disse Geoffroy Didier, vice-presidente da LR. Seu discurso contrasta com o dos opositores da lei Duplomb. "É claro que a França deve avançar sozinha, em seu próprio território. Não é porque outros países cometem erros que devemos fazer o mesmo, pelo contrário", acredita a deputada do Partido Verde, Sandrine Rousseau.
Duas visões se chocam, às vezes em excesso. Segundo o Ministério do Interior, nove ataques a parlamentares foram registrados. A maioria dos incidentes envolve vandalismo e aglomerações em frente ao gabinete ou insultos nas redes sociais. Contatada pela Franceinfo, a comitiva de Gérald Darmanin reagiu na segunda-feira, 21 de julho: "O Ministro da Justiça solicitará que os processos criminais sejam sistematizados e que seja providenciado apoio individual quando parlamentares forem ameaçados, independentemente de seu voto."
Uma situação tensa e sem precedentes. A marca de 500.000 assinaturas foi amplamente atingida, o que significa que esta petição agora pode ser debatida em sessão pública na Assembleia Nacional. Este é o desejo do líder do partido presidencial. "Isso mostra claramente que há um desconforto entre alguns franceses em relação a esta questão. É por isso que considero muito positivo que este debate possa ocorrer", reagiu Gabriel Attal, secretário-geral da Renaissance.
A decisão de analisar o texto durante um debate ou de classificar a petição será tomada pela Conferência dos Presidentes da Assembleia quando o Parlamento retomar suas atividades, previsto para o início de outubro.
Francetvinfo