Israel lança ataques aéreos intensivos contra a capital iraniana

Intensos ataques aéreos israelenses atingiram a capital do Irã na manhã de quarta-feira, após o país emitir um alerta sobre uma nova área que poderia atingir, um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, alertar os moradores de Teerã para evacuarem e exigir que o país se rendesse sem condições.

A incerteza agitou a região e moradores de Teerã fugiram de suas casas em massa na terça-feira, o quinto dia da campanha aérea de Israel contra o programa militar e nuclear do Irã.

A agência de vigilância nuclear da ONU, a Agência Internacional de Energia Atômica, disse pela primeira vez que os ataques israelenses à principal instalação de enriquecimento de urânio do Irã em Natanz também danificaram sua principal instalação subterrânea de centrífugas, não apenas uma instalação na superfície, como reconhecido anteriormente.

Israel afirma que seu ataque abrangente é necessário para impedir que o Irã se aproxime ainda mais da construção de uma arma atômica. Os ataques mataram pelo menos 224 pessoas no Irã.

O Irã retaliou lançando cerca de 400 mísseis e centenas de drones contra Israel, onde até agora, 24 pessoas foram mortas.

Uma grande explosão pôde ser ouvida por volta das 5h da manhã em Teerã na quarta-feira, após outras explosões que ocorreram antes, na escuridão que antecedeu o amanhecer.

As autoridades iranianas não reconheceram os ataques, que se tornaram cada vez mais comuns à medida que a campanha de ataques aéreos israelenses se intensificou desde que começaram na sexta-feira.

Os israelenses alertaram anteriormente que poderiam atingir um bairro ao sul do Aeroporto Internacional de Mehrabad, que inclui bairros residenciais, instalações militares, empresas farmacêuticas e empresas industriais.

Assassinatos sucessivos de funcionários iranianos

Israel também alegou ter matado o general iraniano Ali Shadmani, a quem Israel descreveu como o comandante militar mais antigo do país, em Teerã.

Shadmani era pouco conhecido no país antes de ser nomeado na semana passada para uma função semelhante à de chefe de gabinete, como chefe do Quartel-General Central Khatam al-Anbiya da Guarda Revolucionária paramilitar, após o assassinato de seu antecessor, o general Gholam Ali Rashid, em um ataque israelense.

Trump deixou a cúpula do G7 no Canadá um dia antes para tratar do conflito entre Israel e Irã, dizendo aos repórteres: "Não estou buscando um cessar-fogo. Estamos buscando algo melhor do que um cessar-fogo."

Quando solicitado a explicar, ele disse que os EUA queriam ver "um fim real" para o conflito, o que poderia envolver a "desistência total" do Irã. Ele acrescentou: "Não estou muito a fim de negociar".

Em uma publicação posterior nas redes sociais, Trump alertou o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, de que os EUA sabem onde ele está escondido e pediu a "RENDIDA INCONDICIONAL" do Irã, sem dar mais detalhes. Trump publicou que não havia planos para matar Khamenei, "pelo menos não por enquanto".

Apesar de alertar que "a paciência dos EUA está se esgotando", ele indicou que as negociações diplomáticas continuam sendo uma opção e disse que poderia enviar o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o enviado especial Steve Witkoff para se encontrarem com os iranianos.