Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

England

Down Icon

Palavras finais arrepiantes do piloto e do copiloto antes do terrível acidente de avião

Palavras finais arrepiantes do piloto e do copiloto antes do terrível acidente de avião

Vista aérea dos destroços de um avião que caiu em Vinhedo, estado de São Paulo, Brasil

Os destroços do avião (Imagem: TV Globo/)

Um apelo assustador de quatro palavras foi a transmissão final de um avião antes de ele mergulhar e encontrar um fim trágico com nuvens de fumaça preta, ceifando a vida de todas as 62 pessoas a bordo.

O acidente catastrófico envolveu uma aeronave comercial no Brasil em agosto passado, com a caixa-preta recuperada expondo as últimas conversas do piloto e do copiloto. O voo da Voepass Airlines, comandado pelo Capitão Danilo Santos Romano e pelo Primeiro Oficial Humberto de Campos Alencar e Silva, prenunciava uma cena sinistra.

Entre suas últimas palavras, Humberto fez uma pergunta angustiante a Danilo: "O que está acontecendo?".

Suas próximas palavras foram um apelo por "mais poder", conforme noticiado pelo canal brasileiro Globo. Não houve nenhuma manifestação do Cenipa, órgão responsável pela investigação de acidentes aéreos no Brasil, sobre o conteúdo da reportagem da Globo.

O turboélice ATR-72, que voava de Cascavel, na região sul do Paraná, para São Paulo, encontrou seu destino por volta das 13h30 no município de Vinhedo, segundo o Mirror US .

Observadores assistiram impotentes à aeronave em espiral antes de mergulhar em uma área arborizada, culminando em uma coluna de fumaça preta subindo. Além disso, havia o enigma de um passageiro inexplicável a bordo.

Inicialmente, a Voepass divulgou que o avião transportava 57 passageiros, além de uma tripulação de quatro pessoas; no entanto, relatórios subsequentes corrigiram esse número para incluir um viajante extra, embora ignorado, ajustando a contagem de fatalidades para 62. O mistério envolve como esse indivíduo escapou da lista de manifesto inicial.

Especialistas meteorológicos relataram severas condições de gelo no estado de São Paulo no momento do trágico acidente. A aeronave operou normalmente até 13h21, quando parou de responder a chamadas e o contato com o radar foi perdido às 13h22, de acordo com um comunicado da Força Aérea Brasileira.

Nenhuma emergência foi relatada pelo avião.

Danilo Santos Romano proferiu algumas palavras finais comoventes antes de mergulhar para a morte

Piloto Danilo Santos Romano (Imagem: Santos Romano/Linkedin)

O engenheiro aeronáutico e investigador de acidentes brasileiro, Celso Faria de Souza, expressou quase certeza de que o gelo foi a causa do acidente. Aviões ATR-72 já tiveram problemas com formação de gelo, incluindo um acidente devastador em Indiana em 1994, onde 68 pessoas perderam a vida devido à incapacidade da aeronave de inclinar devido ao acúmulo de gelo.

Após o incidente, a fabricante ATR aprimorou seu sistema de degelo. Em 2016, um ATR-72 na Noruega apresentou problemas devido ao acúmulo de gelo no avião, mas o piloto conseguiu retomar o controle.

O bombeiro Maycon Cristo explicou que as autoridades usaram a designação de assentos, características físicas, documentos e pertences pessoais, como celulares, para identificar as vítimas.

A passageira mais jovem a falecer no acidente foi Liz Ibba dos Santos, de três anos, que viajava com o pai. Josgleidys Gonzalez, de 29 anos, seu filho Joslan, de quatro anos, sua mãe Maria Gladys Parra e sua cadela Luna, de seis meses, também morreram tragicamente no voo 2283 da Voepass.

O necrotério de São Paulo recebeu os corpos e, com grande sofrimento, teve que solicitar aos familiares das vítimas que apresentassem registros médicos, de raio-X e dentários para auxiliar na identificação dos corpos. Exames de sangue também foram realizados para auxiliar nos esforços de identificação.

Quatro professores da Universidade Unioeste, no oeste do Paraná, foram confirmados mortos. Além disso, oito oncologistas estavam entre os passageiros.

O grupo, composto por seis renomados oncologistas e dois médicos residentes em seu último ano de treinamento, viajava de sua cidade natal, Cascavel, para uma conferência sobre câncer em São Paulo quando o voo bimotor turboélice ATR 72-500 da VoePass Airline caiu tragicamente na sexta-feira.

Eduardo Baptistella, do Conselho Regional de Medicina, expressou seu pesar: "Infelizmente, recebemos uma notícia muito triste e pudemos confirmar a morte de oito médicos. Os médicos estavam indo para um congresso de oncologia. Eram pessoas que dedicaram suas vidas a salvar outras."

Entre os médicos estavam o radiologista Leonel Ferreira, a oncologista pediátrica Sarah Stella e Silvia Osaki. Baptistella revelou que 15 médicos haviam planejado inicialmente embarcar no voo malfadado, mas sete haviam pegado um voo anterior.

O nariz do avião foi a única parte intacta depois que a embarcação despencou no ar

Vista aérea dos destroços (Imagem: AFP via Getty Images)

Uma das vítimas foi Arianne Risso, uma médica dedicada que trabalhava incansavelmente para ajudar seus pacientes a combater o câncer. A prima de Risso, Stephany Albuquerque, contou que ela sempre aspirou ser médica desde a infância e se dedicou a estudos rigorosos, raramente saindo de casa.

Risso cuidou de pacientes terminais e "fez tudo com muito amor", disse Albuquerque à AP por telefone da Flórida, onde reside atualmente.

"Ela não era o tipo de médica que dizia ao paciente: 'Esta é a sua doença, tome isso'. Não, Arianne cuidava das pessoas. ... Ela dava seu número de telefone pessoal aos pacientes."

Risso, 34, viajava com a colega Mariana Belim, 31. Ambas eram residentes do hospital de câncer de Cascavel, e um comunicado da instituição as elogiou pela consciência, cuidado e respeito para com os pacientes.

"Não é de se admirar que tantos elogios a ambos cheguem até nós. O amor deles pela profissão era muito claro", afirmou o hospital.

Willian Rodrigo Feistler, clínico geral de Cascavel, conhecia seis vítimas do acidente, incluindo Belim, com quem mantinha uma amizade de 15 anos. "Mariana era serena, de temperamento melancólico, mas muito inteligente, empática e dedicada à profissão", compartilhou Feistler por telefone de Cascavel.

"Ela dedicou grande parte da vida aos estudos e à formação médica. Já havia se especializado em clínica médica e estava concluindo sua especialização em oncologia clínica", acrescentou.

José Roberto Leonel Ferreira, médico recém-aposentado que também faleceu no acidente, foi um dos tutores de Feistler durante sua graduação. Ele era dono de uma clínica de radiologia em Cascavel.

"Revisei casos com ele em diversas ocasiões. Ele era uma pessoa receptiva que ajudava outros médicos na discussão dos casos para chegar a diagnósticos", disse Feistler. O Conselho Federal de Medicina do Brasil declarou que a trágica perda dos médicos deixou a comunidade médica do país em luto, expressando suas sinceras condolências aos amigos e familiares das vítimas.

Após as imagens angustiantes da queda do avião, inúmeras pessoas se manifestaram para revelar suas experiências de escape, após perderem o voo malfadado. Adriano Assis relatou sua experiência ao G1, explicando como perdeu por pouco o voo das 11h56 do Aeroporto Regional de Cascavel, em Cascavel, no Paraná, para o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, em São Paulo, após terminar seu plantão hospitalar tarde.

Assis chegou ao balcão às 9h40 e o encontrou desocupado. Pegou um café e ficou de olho no painel de embarque e desembarque para ver se havia alguma atualização sobre o voo 2283.

"Quando decidi que já eram 10h30, havia uma fila enorme aqui", lembrou ele. Por volta das 10h40, um representante da companhia aérea o informou que não poderia mais embarcar, pois faltava menos de uma hora para o horário de embarque.

Assis implorou desesperadamente ao agente que o deixasse embarcar no voo de volta para São Paulo, mas, felizmente, foi em vão. "Naquele momento, eu discuti com ele e tal, e foi isso, e ele salvou a minha vida, cara", contou.

"Ele fez o trabalho dele porque... se ele não tivesse feito... talvez eu não estivesse nesta entrevista hoje, desculpe."

Em outro momento, um jovem contou à imprensa como ele e três colegas, além de outras 10 pessoas, perderam o voo depois de esperar no portão errado. "Quando eram 11 horas, vim procurar aqui. Quando olhei, disse: 'Cara, você não vai mais embarcar nesse avião'", revelou.

Numa última tentativa, ele tentou convencer um atendente do portão de embarque a deixá-lo embarcar. "Eu disse: 'Garota, me ponha neste avião, eu tenho que ir, eu tenho que ir'", implorou.

A resposta dela foi firme: "Não... O que eu posso fazer por você é remarcar seu voo." Então, ela remarcou para 18h20."

Ela finalmente remarcou a viagem dele para partir às 18h20.

Daily Express

Daily Express

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow