Paz e uma Páscoa para os cristãos

Ruozzi *

Este ano marca o 1700º aniversário do Concílio de Nicéia. O Papa Francisco deveria ter ido a Nicéia, mas agora o encontro está na agenda do novo Pontífice. Uma viagem simbólica, repleta de muitos significados, principalmente o ecumênico. Ontem, o Papa Leão XIV recebeu os participantes da conferência para o aniversário do Concílio em Roma e desejou um acordo entre as Igrejas cristãs para celebrar a Páscoa no mesmo dia: "As diferenças em seus respectivos calendários não permitem mais que os cristãos celebrem juntos a festa mais importante do ano litúrgico, causando problemas pastorais dentro das comunidades, dividindo as famílias e enfraquecendo a credibilidade do nosso testemunho do Evangelho", observou Leone. Estas não são palavras novas, mas adquirem um significado importante neste momento histórico particular, em que guerras e conflitos (que têm raízes políticas, históricas, mas também religiosas) se intensificam. Faz parte de um desejo de unidade que vem de longe e que é justo reafirmar.

Porque o desejo de unidade não é apenas uma questão de fé que diz respeito às comunidades cristãs. É do diálogo ecumênico entre igrejas e diversas religiões que também nasce a paz.

* Professor de história

do Cristianismo, Unimore