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Há um lugar na Sardenha onde os cavalos voam, e outras histórias

Há um lugar na Sardenha onde os cavalos voam, e outras histórias

(por Chiara Venuto) Burros não voam, mas cavalos voam. sim. Na Sardenha existe um que flutua no ponto de vista de um antigo assentamento mineiro. Chama-se Bosano e carrega mais sete carruagens - nem mais, nem menos. Porque ele, além disso para voar, ele sabe contar. Estamos na Norman Village, na área de Gonnesa, em Sulcis Iglesiente. Aqui, entre pinheiros e azinheiras, ao longo de um desvio da trilha de mineração de Santa Bárbara, vivem cerca de quarenta pessoas. Antigamente, porém, estas eram as casas dos técnicos da Mina de San Giovanni. A vida do mais alto nível era confortável: cinema ao ar livre (do qual resta uma pequena casa com três slots para projetores), quadra de tênis, pista de boliche. Em cume, uma clareira que outrora conduzia ao caminho em direção outra mina, depois se tornou um aterro a céu aberto e agora é um local recuperado pela Associação Villaggio Normann. Aqui, além dos eventos culturais organizados pelo grupo dos cidadãos, você pode olhar o panorama e observar as estrelas sem se preocupar com a poluição luminosa. Logo naquele mirante há uma estátua feita de madeira e restos de mina que retrata Bosano. Sua história é a do animais que foram baixados na mina: forçados à escuridão, eles carregavam as carroças e então, quando ficaram velhos e puderam ao voltarem, ficaram cegos e morreram (ou, mais frequentemente, foram mortos). Mas Bosano era especial. Enquanto isso, precisamente, ele sabia contar: reconhecia o som de ganchos de metal e tinha decidido que com mais de sete cargas não sairia. os mineiros em algum momento aprenderam a contornar o limite evitando fazer sons, mas essa peculiaridade dele era permaneceu tanto nos corações daqueles que o conheceram que - raridade absoluta - Bosano morreu de velhice e foi enterrado onde hoje existe o mirante. Para recordá-lo, os atuais moradores eles recriaram seu rosto com um pedaço de madeira retirado do mar, um pouco torto, lembrando o focinho de um cavalo. Acima, um chapéu que parece o do Pinóquio, feito de um cachimbo da mina, para representar o capacete que o protegia de tetos baixos. Atrás dele, 7 troncos como vagões, sobre os quais você pode sentar e olhar para fora. “Os mineiros da galena viram a pedra. Os técnicos viram a tesouro”. Estas são as palavras do ex-prefeito de Iglesias, Pierluigi Papel, que vive e anima esta área. O maior esforço, explica, é fazer com que a comunidade reconheça a beleza além do cotidiano. Principalmente onde se viveu com dificuldade e dor. Então, descendo da aldeia e indo em direção ao mar, descobre-se outro povoado que hoje foi revalorizado: o da pescadores de atum. O trabalho da pesca do atum era tão difícil quanto aquele dos mineiros: um massacre governado por um raìs do barco com fundo de vidro. Mas as armadilhas para atum deram - e ainda dão, como em Carloforte - Trabalho para famílias inteiras com uma forma de pesca que, no final, é seletivo. Aqui eles fizeram isso em um só lugar linda, Porto Paglia. Para quem quer tranquilidade, esta é uma lugar especial. Um pouco exclusivo, claro. E pensar que havia havia 200 trabalhadores, os frades tinham o monopólio de queijo e tabaco e no meio da pequena praça havia uma cisterna subterrânea para coletar água de calhas. Atrás, as montanhas estão todas destruídas pelas minas, mas só o olhar atento de quem os conhece o vê. Entre os arbustos no caminho de volta da praia podem ser vistos o helichrysum da Sardenha, às vezes sufocado pela figueira hotentote, que é uma planta exótica e invasora. Assim que você entrar máquina, como num passe de mágica você volta no tempo. O destino é o complexo nurágico de Seruci: duzentos cabanas, enfim, outra aldeia. Claro, remontando ao período entre os séculos XIV e X a.C. Neste caso sabemos menos sobre os rituais e o modo de vida da comunidade. Seja porque as escavações ainda precisam ser realizadas ou por causa da falha de destruição e pilhagem. Durante as guerras do século XX Esta área, quase completamente enterrada, foi utilizada para para posicionar a antiaérea. Mas há uma certeza: além do nuraghe central, com sua torre descentralizada e o charme do árvores curvadas pelo mistral, a comunidade foi estruturada. Anúncio por exemplo, você pode visitar uma sala onde os líderes se reuniram. Ou a sala destinada aos banheiros, com banheira e lareira. Atenção, porém, quando você chega perto do poço nuraghe: lá dentro há Maria Farranca, um monstro típico da ilha que adora roubar a crianças. A história da Sardenha é rica, entre mito e realidade. E continua de volta. Ao longo da linha de pedras, seguimos em direção ao Monte Arci. Partimos novamente em direção a Pau, seguindo a paisagem rebanhos de ovelhas amarelo-palha podem ser vistos abraçados embaixo para as árvores, procurando uma sombra sob o sol que já está Junho está caindo. A cor da grama seca é interrompida apenas por cabelos escuros, folhas de figueira amontoadas nos cantos, as linhas do campos talvez queimados por incêndios controlados. Percebe-se da densidade populacional da Sardenha: baixa. E é bom assim. “Não diga ouro negro”. Este é um dos primeiros avisos que É feito no Museu de Obsidiana de Pau, o único em Europa. Mas na realidade só tem um outro igual no mundo, Nagano, Japão. Lá dentro, você descobre o valor que a obsidiana teve nesta região, onde era utilizada desde muito antes do povo nurágico. "Ouro negro é petróleo. Obsidiana é outra coisa", explicam os guias. Aprendemos que É uma pedra muito especial: qualquer golpe deixa uma marca em todo o pedaço de obsidiana, como uma pegada digital. Assim, graças às tecnologias mais avançadas, é possível descobrir a finalidade de cada fragmento processado. Muitos restos algumas oficinas antigas são encontradas logo subindo o Arci, em um caminho negro que é um pequeno tesouro arqueológico. Ai de roubar um fragmento: é ilegal. Porque a terra na Sardenha dá tanto e deve ser protegido. Até o mineiro que, como dizem em Normann Village, ele só vê a pedra, no fundo ele sabe disso.

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