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A mineração polonesa pode ficar sem dinheiro em breve. "A situação se tornará catastrófica"

A mineração polonesa pode ficar sem dinheiro em breve. "A situação se tornará catastrófica"
  • Polska Grupa Górnicza está numa situação difícil.
  • O maior problema da empresa é a queda nas receitas.
  • Infelizmente, a otimização de custos não compensa a queda nos preços e a redução no volume de vendas de carvão.

— Para conduzir a empresa através do difícil processo de transformação, precisamos de uma ferramenta na forma de uma emenda à lei sobre o funcionamento da mineração. Usando uma metáfora, precisamos que a lei viva como o oxigênio — enfatizou Łukasz Deja, presidente do conselho do Polska Grupa Górnicza, em entrevista ao WNP.

— Precisamos, portanto, ter o "oxigênio", que este ato representa para nós, para que a empresa possa continuar a funcionar — diversificando suas atividades, transformando seus ativos. Para que possa aproveitar o potencial de seus funcionários e, por outro lado, permitir que aqueles que desejam mudar o setor aproveitem programas de proteção, como o Programa de Licença Voluntária — observou Łukasz Deja.

Łukasz Deja, Presidente do Conselho de Administração da Polska Grupa Górnicza. Foto: Materiais de imprensa do PGG
Łukasz Deja, Presidente do Conselho de Administração da Polska Grupa Górnicza. Foto: Materiais de imprensa do PGG
A mineração polonesa deve ter um plano para funcionar em condições difíceis

- O portal WNP publicou uma importante entrevista com o novo presidente da Polska Grupa Górnicza, Łukasz Deja, que levanta questões extremamente importantes que constituem oportunidades e ameaças que a Polska Grupa Górnicza e toda a indústria mineira em geral - enfatiza Bogusław Ziętek, chefe do sindicato Sierpień 80, em entrevista ao WNP.

- Dada a queda drástica e evidente na extração e a crescente escassez de coleta de matéria-prima por parte das empresas de energia , a Polska Grupa Górnicza e outras empresas de carvão precisam ter um plano pronto para operar nessas condições extremamente difíceis. Um elemento desse plano é uma mudança na lei sobre o funcionamento da mineração, que incluirá instrumentos que permitam a demissão voluntária de mineradores da profissão e a liquidação de minas pelas próprias empresas de carvão - acrescenta Ziętek.

Ela chama a atenção para uma questão importante da qual muito dependerá.

Esta emenda deve entrar em vigor antes do final deste ano. Não em janeiro de 2026, quando certos prazos já serão adiados, mas, o mais tardar, em setembro-outubro de 2025. Se o compromisso de que esta lei será submetida ao Sejm em junho e processada rapidamente não for cumprido, nosso sindicato iniciará ações de protesto, pois isso significará que, na virada do ano, a indústria de mineração ficará sem dinheiro — enfatiza Bogusław Ziętek.

Ao mesmo tempo, ele ressalta que não é possível manter o mesmo número de equipes de mineração como na época em que, por exemplo, a Polska Grupa Górnicza extraía mais de 30 milhões de toneladas de carvão.

Bogusław Ziętek, chefe do sindicato August 80. Foto: PTWP
Bogusław Ziętek, chefe do sindicato August 80. Foto: PTWP
“As disposições da emenda à lei devem entrar em vigor o mais breve possível, porque, caso contrário, a situação se tornará catastrófica”

— Este ano, a empresa extrairá 15 milhões de toneladas e venderá ainda menos — avalia Ziętek. — Não entendo por que o governo está causando tanto atraso na adoção desta simples emenda, visto que os processos de liquidação já estão em andamento e um grande grupo de mineradores e trabalhadores da indústria de processamento declarou estar pronto para sair sob o programa de demissão voluntária. É por isso que surgem situações como a atual na mina de Bobrek, pertencente à Węglokoks Kraj, onde um grupo de cerca de 250 mineiros já poderia encontrar emprego em outras minas — por exemplo, na Polska Grupa Górnicza — ressalta o sindicalista.

— Mas a questão se complica pelo fato de que a disposição que permite a transferência de funcionários entre entidades que recebem auxílio público ainda não está em vigor. Não temos motivos para esperar. As disposições da emenda à lei devem entrar em vigor o mais breve possível, pois, caso contrário, a situação se tornará catastrófica . E a indústria de mineração, incluindo a Polska Grupa Górnicza, não terá recursos não apenas para o funcionamento, mas também para os salários dos funcionários — alerta Bogusław Ziętek.

Segundo Ziętek, outra questão urgente é a consolidação dos produtores de carvão térmico que recebem ajuda pública.

“É inaceitável tolerar a concorrência mútua entre empresas que extraem carvão térmico”

- Nas condições atuais, quando o setor energético ainda não está recebendo nosso carvão, quando enormes quantidades de matéria-prima ainda estão sendo importadas para a Polônia e quando o governo e a União Europeia estão atacando a indústria de mineração com ações subsequentes, como a lei sobre padrões de qualidade do carvão ou a regulamentação do metano - a consolidação é uma exigência do momento - diz Ziętek.

Na sua opinião, é inaceitável tolerar a concorrência mútua entre empresas que extraem carvão térmico.

Isso porque está causando uma queda drástica no preço desse carvão em relação ao setor energético — enfatiza. — Também é completamente incompreensível por que cada uma dessas empresas separadamente — Polska Grupa Górnicza, Południowy Koncern Węglowy e Węglokoks Kraj — deveria criar estruturas para lidar com a liquidação das minas que pertencem a essas empresas. E processar os fundos recebidos como parte da ajuda pública, seja para liquidação ou para programas de demissão voluntária — enfatiza Ziętek.

Ele também indica as ações que, em sua opinião, devem ser tomadas.

- O ministério relevante, ou seja, o Ministério dos Bens do Estado ou o Ministério da Indústria, deveria ter encomendado uma análise dos benefícios resultantes dessa consolidação há muito tempo - acredita nosso interlocutor.

— Se eu fosse o Ministro das Finanças, exigiria a implementação de tal diretriz, porque a consolidação, sem dúvida, significa centenas de milhões de zlotys em economias e, portanto, significaria menores subsídios do orçamento do Estado. E estes, em 2026, atingirão níveis recordes e ultrapassarão em muito os 12 bilhões de zlotys. Não entendo por que o governo reclama que tanto precisa ser pago à indústria de mineração e, ao mesmo tempo, não faz nada para reduzir esses subsídios — conclui Bogusław Ziętek.

wnp.pl

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