A Polônia tem potencial para se tornar uma gigante do gás. O processo já começou.

• A Polônia quer se tornar um centro regional de gás, baseando sua estratégia no aumento das importações de GNL dos EUA e na expansão das exportações da matéria-prima para os países vizinhos.
• Segundo a Reuters, estão em curso negociações com os americanos sobre um acordo que permitiria o fornecimento de gás à Ucrânia e à Eslováquia, entre outros países.
• Especialistas enfatizam que a Polônia já iniciou o processo de consolidação de sua posição como reexportadora, e um fator crucial nessa corrida será o desenvolvimento da infraestrutura marítima e de oleodutos.

Segundo o site money.pl, a Polônia pretende se tornar um centro regional de distribuição de gás. Esse objetivo será alcançado por meio do aumento das importações de GNL (Gás Natural Liquefeito) dos EUA para terminais poloneses e, consequentemente, das exportações para países vizinhos.

Conforme noticiado pela Reuters na quarta-feira, a Polônia está em negociações com os Estados Unidos sobre um acordo referente à importação de GNL (Gás Natural Liquefeito) , que seria então direcionado à Ucrânia e à Eslováquia, países dependentes do gás russo. Uma declaração conjunta sobre o aumento do fornecimento poderá ser anunciada após o encontro entre representantes de ambos os países durante a conferência transatlântica de energia em Atenas, agendada para os dias 6 e 7 de novembro de 2025.

Tymon Pastucha, analista do Instituto Polonês de Relações Exteriores (PISM), disse ao portal que a infraestrutura polonesa já permite a venda de gás para o sul e sudeste do país.

Pastucha acrescentou que o processo de transformação da Polônia em um centro de distribuição de gás já começou.

"Podemos definitivamente nos tornar um reexportador regional de gás para o mercado da Europa Central, incluindo a Eslováquia, a República Checa, a Ucrânia e a Lituânia", enfatizou ele.

Na opinião dele, as vantagens da Polônia incluem o acesso ao mar e a infraestrutura portuária e de gasodutos em desenvolvimento. "Estamos no caminho certo, mas a questão crucial será se conseguiremos atender às crescentes necessidades de nossos vizinhos no curto prazo", afirmou.

O Money.pl observa que a expansão da infraestrutura marítima será um elemento fundamental para a Polônia na disputa pela posição de principal reexportador de gás na região.