Política anticlimática de Trump: o fim dos relatórios sobre mudanças climáticas?

Katharine Hayhoe, climatologista da Universidade Tecnológica do Texas e autora de longa data dos relatórios, enfatiza a importância dessas publicações. "É um recurso governamental, financiado pelos impostos dos cidadãos, que é uma fonte primária de informação para todas as cidades, estados ou agências federais que se preparam para os efeitos das mudanças climáticas", observa ela.

O ex-assessor científico do presidente Barack Obama, John Holdren, da Universidade de Harvard, que supervisionou o relatório climático de 2014, também opinou. "Esses relatórios ajudaram a tomar decisões sobre a elevação do nível das estradas, a construção de muros de contenção e a mudança de geradores de hospitais dos porões para os telhados", ele enfatiza.

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Embora versões mais antigas dos relatórios ainda possam ser encontradas na biblioteca da NOAA e o repositório da NASA ainda contenha "links inativos" para sites desativados, o acesso a todos os recursos – incluindo a última edição do relatório, de 2023 – é limitado. Como observa a AP, o documento mais recente incluía, entre outras coisas, um atlas interativo que permite a análise de dados até o nível de condado. O documento destacou que as mudanças climáticas estão afetando a segurança, a saúde e as condições de vida dos americanos de diversas maneiras e chamou a atenção para o fato de que minorias e comunidades indígenas são frequentemente as mais vulneráveis ​​à crise climática.

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Segundo fontes citadas pela AP, o governo Trump já cancelou os serviços dos autores voluntários que criariam a próxima edição do relatório na primavera deste ano. O contrato com a empresa responsável pela coordenação do site e pela publicação dos relatórios também foi rescindido.

"O principal site climático da NOAA, climate.gov, redireciona para outro site da NOAA, e o conteúdo científico popular relacionado às mudanças climáticas nas mídias sociais da NOAA e da NASA foi reduzido ou removido completamente", escreve a AP.