Um sistema de TI estatal para hospitais? Um especialista em empresa de TI vê muitas ameaças

O convidado do décimo segundo episódio do podcast Health Market "Stechtoskop" foi Marcin Romanowski , presidente do Conselho de Administração da Comarch Healthcare, diretor do setor de e-Health da Comarch SA e vice-presidente do Cracovia Sports Club.
Perguntamos a ele sobre um conceito que está voltando como um bumerangue lançado por diretores de hospitais insatisfeitos com sua cooperação com provedores de serviços de TI: a criação de um sistema nacional de saúde eletrônica para todas as entidades médicas.
Os argumentos para tal solução incluem:
- eliminando problemas com interoperabilidade de software de diferentes fornecedores
- consistência dos padrões de segurança e atualizações em todo o país,
- facilitar a implementação de mudanças legais,
- custos mais baixos para as instalações (porque os hospitais públicos não teriam que negociar com os fornecedores por conta própria).
"À primeira vista, parece muito bom. No entanto, quando você se aprofunda nos detalhes e analisa um pouco, descobre uma série de riscos reais. Alguns deles são mais ou menos sérios", comentou Marcin Romanowski.
Nosso entrevistado destacou que um sistema hospitalar estatal não atenderia às expectativas de diversos tipos de instituições, desde pequenas clínicas de atenção primária até grandes hospitais. "Acabaríamos com uma plataforma 100% inadequada para ninguém", disse o convidado do podcast.
Ele acrescentou que qualquer alteração no software teria que ser aprovada pela "máquina oficial", o que significaria que o desenvolvimento da saúde eletrônica, em vez de acelerar, poderia estagnar.
A centralização, argumenta Romanowski, também representaria um risco de monopólio. A empresa ou instituição que vencesse a licitação para implementar tal solução (por exemplo, o Ministério da Saúde) ganharia o controle do mercado por décadas.
Só a migração de dados dos hospitais, como disse o representante da Comarch, custaria uma fortuna, levaria anos e exigiria treinamento de toda a equipe médica no uso do novo sistema.
Marcin Romanowski também destacou o risco de fracasso de grandes projetos. Projetos centralizados de TI no governo frequentemente terminavam em atrasos, estouros de orçamento ou até mesmo abandono completo.
O CEO da Comarch Healthcare também percebeu como um perigo o fato de que seria suficiente "quebrar" apenas um sistema de TI para paralisar todas as instalações médicas na Polônia.
- Diante do crescente número de ataques cibernéticos e de guerra híbrida, que também ocorre em nosso território, isso seria um sério risco estratégico - destacou Marcin Romanowski.
A entrevista completa com Marcin Romanowski pode ser vista em Rynek Zdrowia.
Todos os episódios do podcast "Stechtoskop" estão disponíveis para ouvir no Spotify.
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