Aljezur: EscolaNova celebra Dia do Sol com atividades e cinema ao ar livre
Em junho, a EscolaNova celebra o solstício de Verão com mais uma edição do Sun Day, ou Dia do Sol, que acontece uma vez por mês e transforma-a num espaço de celebração vibrante, que se estende do amanhecer ao anoitecer.
No domingo, dia 22 de junho, o Sun Day ou Dia do Sol começa com o workshop de culinária «Mar e Monte», desta vez, com António Rosa, um profundo conhecedor da cozinha tradicional algarvia — moldada pelo mar e pelas hortas da região. Neste workshop partilha receitas antigas com um toque contemporâneo, num momento de encontro entre histórias e aromas. É um mergulho no sabor, na memória e na paisagem do Algarve.
À tarde, o programa, que vai desde as 11h00 até às 20h00, passa pelas artes visuais, desta vez, com Ricardo Falcão, Madalena Victorino e Sandra Sanches, num workshop de collage para mãos inquietas e mentes criativas. O corpo entra em cena com «Dia a Dia», um espetáculo de dança sensível e poético, com humor à mistura, de Ana Jezabel com a interpretação da própria coreógrafa e de Sofia Kafol, pensado para todos os públicos.
Ao pôr do sol, o palco é da música: o «Concerto ao Sol» com Alex Moniz e Pedro Salvador traz canções que celebram a vida, em comunhão com a natureza e com o público. E, para terminar, um momento de introspeção e bem-estar: Nídia Barata guia-nos numa viagem com taças tibetanas e gongos, para harmonizar corpo, mente e espírito.
A entrada no Sun Day, ou Dia do Sol, é gratuita, à excepção do workshop de culinária «Mar e Monte», com António Rosa, que requer bilhete. O preço é de 10 euros e os bilhetes estão à venda online.
O SUN DAY ou DIA DO SOL acontece uma vez por mês e transforma a EscolaNova num espaço de celebração vibrante, que se estende do amanhecer ao anoitecer. Com um programa rico e diverso, este dia convida-nos a participar ativamente: cozinhar, aprender, brincar, arranjar, mover o corpo ou simplesmente aquecer-se ao sol. Tudo acontece em torno do saber fazer com as mãos e o corpo, da sabedoria da terra e das artes nas suas mais variadas expressões. Uma verdadeira festa comunitária, tecida de partilhas, memórias, descobertas e encontros.
Ainda no mês em que o Verão se instala, a 27 de junho, pelas 21h30, damos continuidade ao ciclo de cinema «O Quarto do Mundo», com a projeção do filme «A Queda do Céu», de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha. Baseado no livro homónimo, resultado de 30 anos de trabalho do xamã Davi Kopenawa Yanomami, um dos principais líderes indígenas do mundo, e do antropólogo francês Bruce Albert, o filme apresenta uma reflexão incisiva sobre a predação generalizada dos povos e do planeta, provocada por aqueles que Davi chama de «povo da mercadoria», ou seja, os brancos.
Desta vez, a convidada a partilhar o seu olhar sobre o universo projetado é Anabela Roque, que conduzirá a conversa com o público. Anabela Roque é realizadora e investigadora, desenvolvendo o seu trabalho em várias dimensões do cinema. Colabora com o portal «Buala.org» e com a revista digital brasileira «Amazônia Latitude | Humanidades Ambientais», onde publica regularmente textos sobre cinema brasileiro, com especial foco em produções dedicadas à temática amazónica.
Entre 2016 e 2018, formou-se em Realização Cinematográfica na Academia Internacional de Cinema, no Rio de Janeiro. Estreou-se como realizadora em 2017 com a curta-metragem «Piano Forte», seguindo-se «Sempre Verei Cores No Seu Cinza» (2018), também no género documental.
Viveu no Brasil entre 2013 e 2018, colaborando com produtoras e realizadoras independentes no Rio de Janeiro e em São Paulo. Antes de se dedicar inteiramente ao cinema, trabalhou no setor audiovisual, em particular na programação de canais de televisão por subscrição, entre 1999 e 2013, em Madrid e Lisboa.
Os bilhetes custam 5 euros e estão à venda online.
«A Queda do Céu» integra o ciclo de cinema da EscolaNova, intitulado «O Quarto do Mundo», um espaço de encontro onde o cinema se torna uma ferramenta de reflexão e mudança, com curadoria de Candela Varas.
EscolaNova – Centro de artes e experimentação artísticaA EscolaNova nasceu da reabilitação da antiga escola primária da Bordeira, passando a ser um centro de artes dedicado à experimentação e à criação artística. Este novo espaço tem uma programação regular e diversa e é um ponto de encontro entre a cultura local da aldeia e do território envolvente e as artes performativas.
A antiga escola primária da Bordeira foi cedida à Lavrar o Mar pela Câmara Municipal de Aljezur por 10 anos. O projeto de reabilitação do edifício foi desenvolvido pelos arquitetos Ana Jara e Carlos Gomes, do coletivo de arquitetura ARTÉRIA, executado pelo empreiteiro Fernando das Neves Domingues e financiado pela Câmara Municipal de Aljezur e pelo programa Bairros Saudáveis.
Programa11h00 — 14h00 Workshop de Culinária MAR E MONTE com António Rosa
M/12 . 10 euros (preço único)
Agricultor biológico e curador gastronómico, António Rosa é um profundo conhecedor das tradições culinárias do Algarve — uma cozinha moldada pelo mar e pelas hortas que desenham a paisagem local. Neste workshop, convida-nos a saborear receitas antigas com um toque de contemporaneidade, num momento de partilha entre histórias, aromas e saberes. No menu: caracóis à algarvia, gaspacho, sardinha assada, batatas «de cú para o ar» e salada montanheira.
14h00 – 16h30 Workshop COLLAGE com Ricardo Falcão e Madalena Victorino
A collage é uma arte que transforma papéis usados em novas imagens, através da justaposição criativa de recortes colados. Praticada por inúmeros artistas ao longo do tempo, esta técnica convida-nos a mergulhar num universo visual feito de fragmentos: páginas de livros antigos ou atuais, ilustrações, fotografias, pinturas e grafismos que, ao serem combinados, ganham novos significados. Entre mãos e imaginação, nasce uma paisagem composta por pedaços de papel, rica em leituras e sugestões. Uma tarde para explorar o poder evocativo da imagem e dar forma a ideias pictóricas com cola, tesoura e criatividade.
16h30 Dança DIA A DIA com Ana Jezabel e Sofia Kafol
«PARA! Olha à tua volta para as árvores; a Lua; um bando de pássaros… e ouve o que te rodeia, o que está dentro de ti e ainda o silêncio. Memoriza estas sensações que no fundo definem a tua relação com o Mundo. São elas o motor do teu Dia a Dia! As melhores coisas da vida não têm forma duradoura. Pergunta-te: Onde estou? Responde: Obrigada. Estou aqui!»
18h30 Música CONCERTO AO SOL com Alex Moniz e Pedro Salvador
Nesta edição, o «Concerto ao Sol» traz novos sons e paisagens musicais com Alex Moniz e Pedro Salvador. Dois guitarristas, com as suas guitarras eléctricas, encontram-se mais uma vez para inventar e reinventar músicas que trazem na sua bagagem. São melodias nostálgicas e riffs vibrantes que, à medida que o sol se despede no horizonte, preenchem o ar com energia, ritmo e alegria — num concerto ao ar livre pensado para todas as idades, onde cantar, dançar e partilhar momentos felizes acontece naturalmente.
Alex Moniz é músico e produtor com formação em Jazz pelo Hot Clube de Portugal. Multi-instrumentista e criador de projetos como Galgo, Yakuza e Qer Dier, tem também composto para espetáculos de dança e dirigido musicalmente várias criações no âmbito das artes performativas e comunitárias. Em 2023, fundou a Meio do Mato – Associação Cultural, em Monchique.
Pedro Salvador é músico, compositor e performer, com um percurso marcado pela criação musical em projetos de teatro, dança e arte comunitária. Compositor de canções originais e membro dos Hill’s Union, tem colaborado intensamente com Madalena Victorino e com companhias como a Hotel Europa, cruzando música com temas sociais e poéticos.
19h30 VIBRAÇÕES TERAPÊUTICAS COM TAÇAS SONORAS E GONGOS com Nídia Barata
Nídia Barata convida-nos a explorar o poder curativo do som, através das taças tibetanas e gongos, numa experiência única de autoconhecimento e bem-estar. Ao soar, estas taças e gongos vibram de maneira especial, revelando as suas qualidades terapêuticas, capazes de promover o equilíbrio e a harmonia interior. Nesta viagem de som, Nídia irá ensinar-nos técnicas para cuidar de nós mesmos, utilizando o som e as vibrações das taças e gongos como ferramentas poderosas para relaxamento profundo e recuperação energética. Uma ocasião para nos conectarmos com a nossa essência, através da magia sonora que ressoa em cada uma dessas taças.
Foto: João Mariano
Barlavento
