<![CDATA[ Desinformação gerada por IA dispara em junho ]]>
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Os 11 principais 'chatbots' à disposição dos utilizadores propagaram afirmações falsas em 40% dos casos.
A desinformação difundida pelas principais ferramentas de Inteligência Artificial (IA) generativa, como o ChatGPT-4 (OpenAI), o Grok (xAI), o Claude (Anthropic) e o Gemini (Google), aumentou de 24% em maio para 40% no passado mês de junho. A área mais sensível foram precisamente as buscas relacionadas com notícias de última hora, de acordo com um relatório da 'NewsGuard', uma organização especializada em segurança informática.
O estudo divulgado ontem, 10 de junho, indica que durante o mês de junho os 11 principais 'chatbots' de IA (assistentes virtuais que recorrem à inteligência artificial e programação para emissão de texto) propagaram afirmações falsas em 28,49% dos casos e ofereceram uma não-resposta 11,51% das vezes, o que perfaz uma taxa muito próxima dos 40% e um aumento gritante em relação aos 24% detetados em maio.
"A onda de eventos de notícias de última hora de alto perfil em junho de 2025, incluindo o surto da guerra Israel-Irão, os debates no Congresso dos EUA e a guerra na Ucrânia resultaram num alta percentagem de informações falsas repetidas pelos 'chatbots' de IA", lê-se no relatório.
Face aos dados, o NewsGuard conclui que "os sistemas de IA podem tornar-se amplificadores não intencionais de informações falsas quando os dados fiáveis são abafados pela repetição e pela viralidade, especialmente durante eventos de grande movimento", refere.
O estudo identificou a narrativa falsa mais repetida pela IA: "a alegação de que um avião de carga militar chinês voou secretamente para o Irão para apoiar o Governo de Teerão durante a guerra com Israel".
O relatório alerta ainda que as contas na rede social 'X' operadas por IA das empresas Perplexity e Grok, às quais os utilizadores recorrem frequentemente para verificar factos, também trataram esta informação como verdadeira.
"Durante os primeiros dias do conflito israelo-iraniano, o Grok expôs falhas e limitações significativas na capacidade do 'chatbot' de IA para fornecer informações precisas, fiáveis e consistentes em tempo de crise", lê-se na informação disponibilizada.
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