Operação Escudo: Justiça absolve PMs após MP apontar 'tiro de confere'

Decisão da Justiça do Guarujá foi baseada em depoimentos de testemunhas. O juíz Edmilson Rosa dos Santos relatou que "não foram obtidas provas seguras ou razoáveis da ocorrência". A decisão é do dia 28 de junho.
MPSP recorreu à Justiça da absolvição sumária (antes do julgamento). O órgão havia denunciado os PMs pelo homicídio com motivo torpe e de forma que impossibilitou a defesa da vítima. O UOL entrou em contato com a defesa dos policiais, mas não obteve resposta.
Não se verifica nos autos qualquer elemento concreto que sustente a tese de execução por parte dos policiais militares. As versões apresentadas pelos agentes públicos são harmônicas, detalhadas e coerentes entre si, descrevendo um contexto de confronto armado prévio, com agressão atual e iminente por parte da vítima, que, segundo as declarações, estava portando arma de fogo longa com bandoleira e posicionada para efetuar disparos no momento da reação policial, mesmo já dentro de sua moradia.Decisão judicial para absolvição dos PMs
O casoWellington foi morto no dia 29 de agosto de 2023 no Guarujá, na Baixa Santista. Ele foi baleado no peito, no braço e no rosto. Este último disparo tendo sido o de "confere", segundo o MPSP, após resultados periciais.
MPSP e Defensoria Pública de São Paulo entenderam que o homem tomou tiro mesmo não apresentando risco aos policiais. Por outro lado, a SSP-SP (Secretara de Segurança Pública de São Paulo) disse que Wellington não respondeu a uma ordem de parada da polícia e atirou contra os PMs e que, por isso, dispararam.
uol