PCP pede unidade para combater "caminho desastroso" do país

O Secretário-geral do PCP pediu esta sexta-feira, em Benavente unidade aos trabalhadores para o combate a “uma caminho desastroso” que o país está a levar, tecendo duras críticas às soluções apresentadas pelo Governo, liderado por Luís Montenegro.
“Perante os apelos à divisão e ao ódio, o que todos nós e a juventude têm a fazer é responder com unidade” e “de uma vez por todas vamos ter de dar combate a este caminho desastroso”, afirmou.
Paulo Raimundo falava na sessão de apresentação dos candidatos da CDU aos órgãos autárquicos do Concelho de Benavente onde valorizou todos os que se entregaram aquele projeto, quer como eleitos, quer como ativistas, fazendo uma referência particular ao Carlos Coutinho, mandatário da campanha pelo concelho, e aos aliados da coligação que constituem a “frente unitária que é a CDU“, o partido ecologista os Verdes e a Associação Intervenção Democrática.
Sublinhando que “na CDU os independentes não são adereços, nem são figuras para as fotografias, são protagonistas e construtores deste que é o seu projeto. Fazem falta, contam e determinam, e precisamos cada vez mais” deles, num cenário de país “preso por arames”.
“A CDU é um espaço de gente muito diversa, de gente que pode até ter tomado posicionamentos diferentes [em anteriores eleições], pode ter votado neste o naquele partido e apoiado esta ou aquela força, mas sabe, por experiência própria, o que significa e o que vale e o que representa a gestão da CDU, o trabalho realizado no centro da sua ação e com os olhos postos no futuro”.
Aqui “há trabalho, competência e gente ligada à vida (… ) e à realidade tal como ela é, e não como nos tentam fazer vender”, frisou.
“Aqui, ao contrário de uma parte significativa do país não há ilusão e não venda da banha da cobra”, reforçou, acrescentando: “temos um país que está preso por arames”, referindo o “drama da habitação, com custos insuportáveis”, à falta de profissionais no Serviço Nacional de Saúde, e à falta de professores e funcionários na escola pública.
E “perante isto, o caminho que nos apresentam é mais privatizações, mais desmantelamento e transferência de recursos públicos, do nosso dinheiro, para aqueles que fazem da doença um negócio”, realçou.
Falando da reunião da concertação social na última quinta-feira acusou o Governo de debitar “o texto que o grande patronato lhe escreveu” e disse que as palavras que dominaram as soluções apresentadas pelo Executivo foram três: “flexibilizar, que para nós tem um conceito, mas no deles quer dizer mais precariedade, modernização, que nas palavras do Governo significa “mais horas” e a terceira “são necessárias reformas.”
Assim, concluiu “perante a realidade difícil, querem mais precariedade, mais horas, querem por as mãos no dinheiro da Segurança Social, que, é bom não esquecer, é dinheiro do trabalho.”
Quanto ao apoio extraordinário aos reformados, Paulo Raimundo disse que “tudo o que vier é bem-vindo“, mas o que garante uma vida digna a quem trabalhou uma vida inteira “não são apoios pontuais sempre que há uma eleição”. O que é preciso, defendeu, “é o aumento extraordinário de todas as reformas e pensões.”
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