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PSP. Curso para 800 vagas terá apenas 633 elementos

PSP. Curso para 800 vagas terá apenas 633 elementos

O novo curso de agentes da PSP terá 633 elementos, ficando por preencher 167 das 800 vagas previstas, o que leva os sindicatos a alertarem para escassez de polícias e a relembrar que os lugares continuam a ficar vazios.

A Polícia de Segurança Pública divulgou esta quinta-feira na sua página da internet a lista de candidatos aprovados para o curso de agentes da PSP depois de terem passado pelo processo de seleção, designadamente provas físicas, de conhecimento e de avaliação psicológica, exame médico e entrevista profissional de seleção.

A este concurso, cujas candidaturas decorreram no início do ano, tinham concorrido 3.392 candidatos, o que significa que reprovaram 2.759. Este curso de 800 novos agentes foi anunciado pela anterior ministra da Administra Interna, Margarida Blasco.

O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, disse à Lusa que estes números demonstram a falta de atratividade na polícia, que “está a comprometer o serviço operacional” e afetar as saídas dos polícias que já atingiram a idade para a pré-reforma. Para Paulo Santos, os critérios para a admissão de novos agentes foram alterados, como a idade, mas a resposta “para falta de atratividade não tem a ver com o critério idade”.

O sindicalista considerou que o número reduzido de candidatos à PSP tem a ver com a imagem da PSP, uma instituição sem condições de trabalho e salários baixos. “O salário de polícia ainda é muito baixo para a especificidade da profissão e exigência do serviço”, disse, frisando que nos últimos anos a PSP não consegue preencher as vagas previstas.

Também o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) alertou para a escassez de novos agentes ao serviço da PSP, considerando os 633 candidatos admitidos “um número significativamente abaixo do necessário e sintomático de um problema muito mais profundo”.

“Este resultado deve ser lido como um sério sinal de alarme sobre a forma como a carreira policial está a ser percecionada pelos jovens. A falta de atratividade da profissão é agora impossível de ignorar. E o mais grave é que nem com o aligeiramento dos critérios de admissão — uma tentativa desesperada de aumentar o número de candidatos — se conseguiu preencher as vagas disponíveis. Este afastamento dos jovens da PSP prende-se diretamente com as possibilidades oferecidas: as condições salariais são modestas para a exigência e o risco da função. A progressão na carreira é lenta e muitas vezes desmotivadora”, refere ainda o SIAP.

Este mês termina um novo curso de agentes, que foi inicialmente programado para 600 vagas, mas acabou por abrir com 500 e termina com 459 polícias, tendo já desistido 41.

observador

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