Parque arqueológico em Minas concorre a patrimônio da Unesco

O Brasil figura entre os três sítios arqueológicos da América Latina que estão em disputa entre os 30 candidatos atualmente em análise pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para obter o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, que será anunciado até o próximo dia 18.
O representante brasileiro é o Parque Nacional das Cavernas de Peruaçu, em Minas Gerais. Com mais de 56 mil hectares ao norte do estado, o local abriga 114 sítios arqueológicos com pinturas rupestres e imponentes formações geológicas, além de uma rica biodiversidade que une os biomas da Caatinga, do Cerrado e da Mata Atlântica.
Os outros dois candidatos latino-americanos são a Rota Huichol, no México, e a Rota Colonial Transístmica, no Panamá.
O sítio mexicano se alastra por 500 quilômetros e atravessa dezenas de lugares naturais sagrados do povo Wixarika, incluindo o famoso sítio de Wirikuta.
Já o panamenho é um corredor fundamental entre o Atlântico e o Pacífico dentro do sistema comercial espanhol ativo entre os séculos 16 e 19.
Em meio às propostas em análise, a Unesco destaca as crescentes ameaças aos locais tombados, que perpassam pelas mudanças climáticas, pelo turismo de massa e até por conflitos armados.
A organização revela que quase 75% dos 1,2 mil sítios reconhecidos como Patrimônio da Humanidade estão expostos a graves riscos hídricos, enquanto mais da metade dos hoje classificados como "em perigo" sofrem as consequências diretas das guerras.
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