Governo muda presidente da AICEP

Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, deu a notícia. Ter sido aprovada a Resolução do Conselho de Ministros de substituição do presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).
“Foi aprovada uma resolução do Conselho de Ministros que aprova a substituição do presidente da AICEP, sendo a nova presidente uma administradora que já se encontrava em funções, Madalena Oliveira e Silva”.
Ricardo Arroja está assim de saída, a poucos dias de completar um ano da sua nomeação, que aconteceu em 2024 depois de Pedro Reis ter demitido a anterior administração, após a tomada de posse de Luís Montenegro.
Em junho de 2024, o primeiro Governo de Montenegro, que tinha Pedro Reis como ministro da Economia, dissolveu o conselho de administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), liderada então por Filipe Santos Costa, que estava em funções há quase um ano. A decisão tinha sido justificada pela necessidade de imprimir uma nova visão e impulso à entidade de acordo com os objetivos do programa do Executivo, tendo ficado no despacho como demissão por conveniência.
Agora, menos de um ano depois da escolha de Ricardo Arroja, este responsável está de saída de presidente da AICEP. Para o seu lugar é nomeada Madalena Oliveira e Silva, que era voga da administração presidida por Arroja. Madalena Oliveira e Silva é quadro da AICEP e tinha já sido administradora da agência entre abril de 2017 e junho de 2023, durante a gestão de Castro Henriques.
Pedro Reis já tinha sido elogioso para com Madalena Oliveira e Silva. O ex-ministro da Economia, quando questionado no Parlamento, e uma vez que esta gestora tinha estado na administração da AICEP quando alguns projetos da Selectiva Moda foram aprovados e alvo de auditoria — projeto que está a ser investigado — declarou que era “talvez das pessoas mais reputadas, respeitadas e credenciadas na administração pública nesta temática de acompanhamento incentivos, tem longa carreira que só enobrece administração pública”. “Na proteção do seu bom nome, [Madalena Oliveira e Silva] nunca teve a área dos incentivos, havia separação de funções e está imunizada sobre essa matéria”.
observador